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Marquinho Bacellar | Vereador afirma que oposição não quer travar a Câmara

"Mas, se aceitarmos esse golpe, seremos coniventes e estaremos ferindo não só regimento interno da Câmara, como também a Lei Orgânica", disse.

Entrevista
Por Ocinei Trindade
14 de março de 2022 - 0h01
Vereador Marquinho Bacellar (SD) (Foto: Antônio Cruz)

Uma das reportagens em destaque do Jornal Terceira Via desta semana, “Câmara de Campos rachada imobiliza presidente Fábio Ribeiro” (clique aqui), aborda a atual realidade da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes após a sessão ordinária do dia 15 de fevereiro, cuja pauta principal foi a eleição da mesa diretora, com encerramento dos trabalhos após vitória do vereador Marquinho Bacellar (SD) para a presidência da Casa. Não houve sessão concluída desde então e, consequentemente, nenhum projeto aprovado. Em entrevista exclusiva, Marquinho Bacellar expôs o seu ponto de vista e disse que nenhum vereador da oposição está disposto a travar a Câmara.

O que deve acontecer na sessão da próxima terça-feira? O senhor e os 12 oposicionistas pretendem comparecer nas sessões?

Não tem ninguém em nosso grupo disposto a travar nada. A oposição tem defendido a população desde o início do ano passado. Evitamos aumentos abusivos de impostos por parte do prefeito e outros projetos absurdos. Mas, se aceitarmos esse golpe, seremos coniventes e estaremos ferindo não só regimento interno da Câmara, como também a Lei Orgânica. Até a sessão de terça-feira, aguardamos para termos uma resposta do judiciário ou uma nova postura da base do governo, aceitando o resultado da eleição de presidente e dando sequência a eleição dos outros cargos da Mesa.

Tendo maioria na Câmara, qual a diferença em participar das sessões, apesar de discordarem da anulação da eleição para a presidência?

Aceitar dar sequência nas sessões, sem finalizar a pauta aberta da eleição do restante da mesa, estaria ferindo o regimento, como disse acima. Caso eles mudem a postura e sigam a pauta original da sessão, vamos seguir também com as outras pautas.

O presidente atual diz que, pelo regimento, faltar a cinco sessões no mês implica em perda de mandato. Como pretendem agir?

O presidente não é a melhor pessoa para falar sobre o regimento. Suas atitudes, desde que tomou posse, demonstram que o regimento da Casa é um e ele segue o próprio regimento, talvez inventado pelo líder dele. Veremos no final quem pode realmente perder o mandato. Seguiremos respeitando o regimento e seguindo nosso jurídico.

É notório que o presidente da CMCG e o governo ficaram enfraquecidos com sua eleição. Porém, a posse só será em 2023. Que expectativas se tem pra 2022 em pleno ano eleitoral?

As expectativas são as melhores possíveis. Com uma oposição forte, quem ganha é a população. Vamos levar para o Legislativo a voz dos verdadeiros donos dessa cidade: o povo. Posso garantir que, com esses 13 vereadores unidos na oposição, projetos covardes aprovados ano passado, que afetaram diretamente os servidores e a população, não terão espaço na Câmara.

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