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Queda de braço entre Situação e Oposição trava processos na Câmara

Pela terceira vez consecutiva, sessão é iniciada e encerrada em seguida por falta de acordo

Geral
Por Redação
23 de fevereiro de 2022 - 17h30
Oposição deixa plenário e se posiciona no saguão – Foto: Carlos Grevi

A queda de braço entre vereadores da Situação e da Oposição que já dura duas semanas está travando o andamento do legislativo. Desde que Marquinhos Bacellar foi eleito presidente da Casa para o biênio 2023/2024, na sessão do dia 15 de fevereiro – a primeira do ano – as três reuniões seguintes foram marcadas por embates, discussões e foram suspensas nos primeiros minutos. Nesta quarta-feira (23), a falta de acordo entre oposição e situação se repetiu e não houve sessão por falta de quórum.

Leia também: Vereador de Oposição, Marquinho Bacellar é eleito presidente da Câmara

Vereadores de Oposição, com o argumento de que são maioria (13), deixaram o plenário e se posicionaram no saguão da Câmara. Em vídeo divulgado nas redes sociais e enviado também à Imprensa, o vereador Raphael Thuin afirma que o Presidente e a Mesa estão sendo arbitrários.

“Mais uma vez o presidente está indo contra o regimento interno da Casa e não está colocando em pauta a votação para eleição da Mesa Diretora. Os 13 vereadores estão saindo para não ter a sessão, pois queremos que tenha a eleição. Mas o Presidente e a atual Mesa não estão seguindo o que a Lei diz. Então nós vamos abandonar a sessão porque queremos o bem para o povo”.

Marquinho Bacellar disse que o atual presidente atropelou a pauta original de prosseguimento da votação da Mesa e, para evitar discussão e atrito desnecessário, saíram do plenário.

Depois da sessão que elegeu Bacellar presidente, vereadores da Situação entraram com processo na Procuradoria da Casa pedindo a anulação da votação. Eles alegam que o vereador Nildo Cardoso não votou no momento oportuno e, sim, minutos antes de ser aberta a eleição. Vereadores da Oposição registraram boletim de ocorrência na delegacia alegando que Fábio Ribeiro cometeu abuso de autoridade por não dar andamento às sessões seguintes à eleição. Ribeiro nega.

Nesta quarta-feira (23), Nildo Cardoso disse que está em seu quarto mandato na Casa, desde 2000 e afirmou que seu voto foi para Marquinho Bacellar, contabilizando os 13 votos da oposição.

Tamb´ém em entrevista ao Jornal Terceira Via, Fábio Ribeiro informou que aguarda parecer técnico da Procuradoria para saber se houve vício ou não no processo eleitoral pela divergência sobre o momento do voto de Nido Cardoso.

O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, se pronunciou pela primeira vez após “ser derrotado” na eleição para Presidência da Câmara e chamou o episódio de “jogo sujo”. (Veja aqui)

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Sessão da Câmara de Campos tem falta de consenso no plenário e manifestação do lado de fora

Do plenário para a delegacia
A Polícia Civil em Campos confirmou que o vereador Maicon Cruz  registrou uma ocorrência de ameaça em face do vereador Juninho Virgílio, após a sessão do dia 15.

Também na 134ª DP, os 13 vereadores de oposição registraram uma ocorrência de um Abuso de Autoridade em face do Presidente da Câmara Municipal de Campos, Fábio Ribeiro. O grupo alegou que o presidente do Legislativo Municipal utilizou sua condição de agente público para obter vantagem e privilégio indevidos, conduta tipificada do artigo 33, Parágrafo Único da Lei 13.869.

A polícia também confirmou que Fábio Ribeiro também registrou uma ocorrência em face do vereador Maicon Cruz, noticiando falsidade ideológica alegando que Maicon assinou um termo de compromisso de votar nele nas eleições da Mesa Diretora da Câmara para o próximo biênio, o que descortinou em sua derrota. Segundo a Polícia Civil, todos os todos os fatos estão sendo Investigados e após conclusos serão noticiados.