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Julgamento de PM acusado de matar vizinho por causa de portão tem nova data

Alciene Martins Ramos será julgado três anos após o crime que tirou a vida do topógrafo Amaro Cabral

Campos
Por Redação
15 de novembro de 2018 - 18h00

Alciene Ramos executou Amaro Cabral a tiros (Foto: Reprodução)

Já tem nova data marcada o julgamento do policial militar Alciene Martins Ramos, acusado de matar o topógrafo Amaro Cabral, de 52 anos, em janeiro de 2016, em Campos. A Justiça remarcou a audiência para o dia 29 de janeiro de 2019, às 13h, no Fórum Maria Tereza Gusmão. O júri acontece cerca de três anos após o crime. Desde o dia do assassinato, o policial militar continua preso.

A última audiência do julgamento de Alciene Martins foi interrompida após o juiz Rodrigo Rocha de Jesus solicitar um laudo de sanidade mental do réu. A determinação teve como base o depoimento de uma testemunha de defesa que alegou que o subtenente não teria condições de entender o caráter ilícito do crime, que ocorreu em um condomínio da cidade após desentendimento por causa de um portão.

Apesar de a defesa do PM ter julgado desnecessário o laudo de sanidade mental, o juiz determinou que o procedimento seja feito no Instituto de Perícias Heitor Carrilho, na Frei Caneca, Rio de Janeiro (antigo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho).

Em depoimento, a esposa do acusado firmou inúmeras vezes que o marido não teria condições de entender o caráter ilícito do crime e informou que ele, por mais de uma vez, chegou a atirar dentro de casa, em sua presença e na presença dos filhos do casal. Ele chegou a ser afastado da atividade policial externa.

Relembre o caso:
De acordo com o processo, o policial discutiu com o topógrafo por conta de um portão. Em seguida, o policial foi à casa dele, voltou armado e atirou duas vezes na vítima. O assassinato causou grande repercussão e aconteceu em um condomínio residencial, na Avenida Presidente Vargas, no bairro Pecuária, próximo à Fundação Rural de Campos. Após o homicídio, Alciene tentou fugir para o município vizinho de São Fidélis, mas foi preso na chegada da cidade, por policiais militares do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Campos), que faziam um cerco. A corregedoria da Polícia Militar acompanhou todo o processo. Amaro chegou a ser socorrido para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu.

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