(Foto: Silvana Rust)
O reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Azevedo, suspendeu preventivamente o concurso público realizado no dia 19 de março nos turnos da manhã e da tarde para nível médio e superior. A decisão foi divulgada na tarde desta quarta-feira (29) e deve valer “até que sejam finalizadas as apurações das possíveis irregularidades verificadas”.
Segundo a Portaria nº 401, o cancelamento foi a alternativa encontrada pela comissão responsável pelos procedimentos necessários à realização do concurso. O reitor afirma que já foi instaurado um processo administrativo para a apuração dessas denúncias relacionadas à execução do certame.
A suspensão do concurso pode ser revertida caso a comissão entenda que as supostas irregularidades não sejam verdadeiras. O reitor não deu um prazo para a finalização das apurações referentes a esse caso.
O resultado dos recursos encaminhados à Metrópole Soluções Empresarias, empresa que organizou o certame, deveria ter sido divulgado na terça-feira (28), mas isso não aconteceu. Ao todo, foram enviados mais de 2 mil recursos.
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Entenda
Ao todo, 7.573 candidatos se inscreveram para o concurso, sendo 7.115 para os cargos administrativos e 458 para os cargos de professor, concorrendo a 11 e 5 vagas, respectivamente.
Horas após a prova, os participantes identificaram supostos equívocos nas questões, como plágio de outros concursos e vestibulares; conteúdo que não teriam sido cobrados no edital; gabaritos diferentes para as mesmas provas; entre outros.
Com o intuito de solucionar o problema, o reitor do IFF, Jefferson Azevedo, cancelou o certame de nível superior aplicado no turno da tarde, mas manteve as provas do turno da manhã e de nível médio. A medida foi questionada pelos participantes do concurso que afirmaram que os erros foram identificados em todas as provas.
Diante dessa polêmica, a empresa que organizou o concurso, Metrópole Soluções Empresariais, se manifestou afirmando que o nível do certame estava alto e que, aqueles que tiveram as provas canceladas, “podem esperar por outra prova 100% mais difícil”.
Em entrevista à imprensa na última semana, o reitor adiantou que, caso o concurso seja totalmente anulado, outra empresa deverá ser escolhida para organização do processo. “É importante frisar que, se o concurso for parcialmente cancelado, como já foi anunciado, a Metrópole será a responsável pela elaboração e reaplicação das novas provas. No entanto, se forem detectadas outras irregularidades, como questões plagiadas de outros concursos e outras questões apontadas nos recursos impetrados pelos candidatos que ainda estão sendo avaliadas, e for constatado que há outras irregularidades que comprometem todo o concurso, este será totalmente cancelado e, portanto, a empresa automaticamente não terá condições de elaborar as próximas provas”, adiantou Jefferson.
Um grupo de candidatos protocolou no último dia 22 denúncia de possíveis irregularidades no Ministério Público Federal (MPF) e pediu a anulação total do concurso público. Até o momento, o MPF ainda não emitiu um parecer sobre o caso.
VEJA O DOCUMENTO PUBLICADO PELA REITORIA NESTA QUARTA-FEIRA (29):
(Foto: Reprodução)
