De acordo com a Câmara Municipal de Campos, até esta tarde o Legislativo não havia sido notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a cassação de qualquer vereador.
Jorge Magal, Miguelito, Jorge Rangel, Ozéias e Roberto Pinto também foram cassados
O vereador Jorge Magal (PSD) teve o mandato cassado nesta segunda-feira (16) por envolvimento no suposto esquema de compra de votos por meio do Cheque Cidadão, que resultou na Operação Chequinho, da Polícia Federal. Ele e o vereador eleito, Miguelito (PSL), que teve sentença proferida no mesmo dia, podem ficar oito anos inelegíveis. Ainda aguardam sentença: Kellinho (PR), Thiago Virgílio (PTC), Thiago Ferrugem (PR), e Vinícius Madureira. Embora eleito, Miguelito não foi diplomado no dia 19 de dezembro por ordem da Justiça.
Na última sexta-feira (13), os vereadores Jorge Rangel (PTB), Ozéias Martins (PSDB) e Roberto Pinto (PTC) também foram cassados pela Justiça e ficaram inelegíveis por oito anos. Eles também foram condenados por envolvimento no esquema que usava o Cheque Cidadão para compra de votos. De acordo com a sentença, a inelegibilidade dos vereadores passou a contar a partir das eleições municipais de 2016. O juiz ainda anulou os votos que eles receberam no pleito.
Na sentença, o juiz argumenta: “portanto, forçoso reconhecer o abuso de poder político e de poder econômico praticado pelos investigados, tendo em vista que as suas candidaturas foram impulsionadas por milionário esquema de compra de votos custeado pelos cofres públicos, conduta que, pela extrema gravidade, comprometeu a igualdade da disputa eleitoral e, por conseguinte, a legitimidade das eleições”.
Relembre as prisões do Cheque Cidadão
A primeira prisão aconteceu em 29 de agosto do ano passado, quando Ozéias foi flagrado no distrito de Travessão de Campos com R$ 27 mil, dados de supostos eleitores, informações sobre o Cheque Cidadão e lista de material de construção. No dia 23 de setembro foi deflagrada a operação “Vale Voto”, que levou à prisão a então secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a ex-coordenadora do programa, Gisele Koch. Elas foram soltas e voltaram a ser presas no dia 26 de outubro. Antes disso, no dia 19 do mesmo mês, Ozéias voltou a ser preso junto com Miguelito no desdobramento da Vale Voto, que foi chamada de “Operação Chequinho”.
Já Kellinho foi preso no dia 26 de outubro, Thiago Virgílio no dia 29 do mesmo mês e Linda Mara foi presa em Copacabana, no dia 31 de outubro, após ser considerada foragida pela Polícia Federal. Ainda na mesma operação, o ex-secretário de Governo de Campos e ex-governador Anthony Garotinho, foi preso do dia 16 de novembro em um apartamento no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio.
Leia também:
Marcão reforça compromisso da Câmara com a legalidade