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Que o sonho do imortal renasça

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Opinião
Por Editorial
8 de maio de 2022 - 0h02


O Solar da Baronesa seria um projeto que, se concluído, colocaria Campos no cenário da cultura nacional. Construído no século XIX, estava em ruínas no início dos anos 1970. Foi doado pelo senador pernambucano João Cleofas de Oliveira, então dono da usina Sapucaia à Academia Brasileira de Letras (ABL) na figura de seu conterrâneo e presidente da entidade, Austregésilo de Athayde.

A ABL restaurou o Solar, que foi reaberto em 1978. A ideia de Athayde era transformá-lo em um Museu da Aristocracia Rural Brasileira e implantar nele a maior Biblioteca Brasiliana do mundo, com parte do acervo da instituição que presidia. O sonho tinha asas ainda maiores, como a construção de um anexo que abrigaria a primeira Escola de Político do país. O anexo chegou a ser construído, mas as obras pararam antes do acabamento. O sonho de Austregésilo Athayde morreu com ele.

É sobre esse importante equipamento que pertence à ABL o tema da reportagem especial desta edição, escrita pelo jornalista Ocinei Trindade, que mergulhou em arquivos e em memórias de pessoas que acompanharam essa história.


O futuro do Solar, que em parte preservaria nosso passado, continua nas mãos da ABL, cujo atual presidente, o jornalista Merval Pereira, teria pedido um inventário sobre o prédio. O que se espera é que o sonho de Austregésilo de Athayde sobreviva.

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