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A novela dos Ayrizes

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Opinião
Por Editorial
23 de janeiro de 2022 - 0h02

A novela do Solar dos Ayrizes está dando os primeiros passos para um final feliz, ou seja, a sua restauração. Muitos definem como lenda a história da Escrava Isaura, que teria se passado exatamente no prédio. A personagem, vivida pela atriz Lucélia Santos, do romance de Bernardo Guimarães, pode até ser lenda, mas o Solar dos Airyzes é história concreta, que nas últimas décadas tem se escorado em mourões. A história não pode cair e o solar é a casa dela.

A Justiça acerta quando busca todos os meios para a restauração. (Veja aqui). Em uma cidade que tem fitado com miopia o seu patrimônio histórico, a recuperação de um tempo perdido pode recuperar seu próprio olhar sobre outras riquezas do passado, as quais só sentimos falta depois da ausência. Um clássico disso é o prédio original do Teatro Trianon, que foi demolido nos anos 70.

O Solar dos Ayrizes foi o primeiro prédio de Campos a ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda na década de 1940. Estamos enrolando há quase 100 anos, como se quiséssemos a história ruindo, virando pó.

É realmente uma novela, relembrando aqui que a Escrava Isaura foi a mais popular delas, sendo exibida em vários países, até na China, dublada em mandarim.

Em um Português castiço, que seja o fim desta novela para que nossa história seja concreta.