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Novo Horizonte e velhos problemas

A previsão era de que as casas fossem entregues em março deste ano, mas as unidades foram ocupadas em abril

Opinião
Por Redação
17 de outubro de 2021 - 0h01

Novo Horizonte, que nos anos 70 e 80 era próspera, com uma usina de açúcar que levava seu nome, tem servido como um laboratório na busca de soluções para problemas sociais. E do tubo de ensaio parece não sair uma fórmula capaz de resolvê-los.

O primeiro teste foi da década de 90, quando ocorreu lá um arremedo de reforma agrária para beneficiar os trabalhadores da usina que faliu. Seria uma boa solução, pois a usina não tinha ativos para pagar as indenizações trabalhistas, mas faltou apoio logístico do governo, e o resultado não foi o esperado.

Agora, Novo Horizonte volta a não fazer jus ao nome. A reportagem especial desta edição (veja aqui) mostra que centenas de famílias estão sobrevivendo sob um teto sem água ou luz. Ao todo, 772 casas populares foram construídas com recursos federais. Coube ao Município indicar os habilitados.

Iniciadas em 2017, a previsão era de que as casas fossem concluídas e entregues em março deste ano, mas as unidades foram ocupadas em abril. Famílias sem teto decidiram meter o pé na porta e invadir.

O laboratório que deveria resolver esses problemas sociais acabou criando outro. Deveria haver um mínimo de organização. É preciso que o poder público — governos Federal, Estadual e Municipal — tome uma atitude, porque problemas em Novo Horizonte são velhos como aquele da reforma agrária.