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Após Campos bater a marca de 4 mil casos da covid-19, hospital de campanha do município começa a ser desmontado

A atual estratégia para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus abrange a pactuação de leitos nos municípios e suporte operacional

Campos
Por Redação
20 de agosto de 2020 - 15h49

Na tarde desta quinta, duas carretas eram carregadas com objetos do hospital que nunca funcionou (Foto: JTV)

No dia em que Campos ultrapassou a marca dos quatro mil casos de Covid-19, nessa quarta-feira (19), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) começou a desmontar o hospital de campanha que iria receber pacientes infectados pela doença. O órgão estadual justificou que, caso seja necessário, está prevista a contratação de leitos em hospitais particulares.

Na tarde desta quinta (20), a equipe de reportagem flagrou duas carretas sendo carregadas com objetos do hospital que nunca funcionou.

“A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que teve início nessa quarta-feira (19) o desmonte do hospital de campanha de Campos dos Goytacazes. O processo será o mesmo da montagem, ou seja, cada fornecedor irá retirar seus materiais e estruturas locadas, de forma organizada. À Fundação Saúde cabe a coleta dos equipamentos móveis que foram adquiridos pelo contrato e que são patrimônio da SES, o que já está sendo realizado”, detalhou o órgão em nota.

Segundo a SES, a atual estratégia para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus abrange a pactuação de leitos nos municípios e suporte operacional com profissionais, equipamentos e outros insumos, aproveitando as estruturas já existentes. “Também está prevista a contratação de leitos em hospitais particulares, caso seja necessário”, concluiu a nota.

No Estado do Rio de Janeiro estava previsto o funcionamento de sete hospitais de campanha. Dois deles, as unidades de Casimiro de Abreu e Campos dos Goytacazes tiveram a montagem interrompida no início de julho. Os hospitais de Nova Friburgo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, estavam funcionando como retaguarda para o caso de aumento da demanda. Apenas os hospitais de campanha do Maracanã e São Gonçalo entraram em funcionamento, recebendo pacientes.

Os hospitais foram contratados por R$ 770 milhões junto à organização social Iabas. As negociações estão sob investigação e o contrato está sob intervenção da Fundação Estadual de Saúde desde o início de junho. Segundo a Secretaria, do total firmado, o Iabas recebeu R$ 256 milhões. O valor repassado já seria, segundo a secretaria, suficiente para a desmontagem.

Com o aumento dos casos no município, a Prefeitura anunciou uma série de medidas para frear a escalada dos números. O município anunciou que enviará à Câmara, nos próximos dias, um Projeto de Lei (PL) que estabelece multa no valor de R$ 180 para qualquer descumprimento das medidas do Plano de Retomada, em especial ao que diz respeito a aglomeração e ausência do uso de máscara. Para estabelecimentos comerciais que estiverem fora das normas pode ser aplicada multa no valor de 2 UFICAS e 10 UFICAS para caso de reincidência, podendo ocorrer a suspensão do alvará de funcionamento com fechamento imediato.

Outras medidas entram em vigor já a partir desta quinta-feira (20) e irão valer independente do nível estabelecido para as próximas semanas do Plano de Retomada Econômica. Serão instaladas novas barreiras sanitárias nos acessos a Lagoa de Cima e Farol de São Thomé nos finais de semana e criadas novas equipes de fiscalização, além das que já vem atuando em todo o município. Takeaway depois das 23h e comércio e consumo de bebida em vias públicas também após as 23h estarão proibidos.