Postagem de Emanuelle nas redes sociais (Foto: reprodução)
Emanuelle Porto, de 25 anos, vítima de agressão, prestou novo depoimento nesta quarta-feira (3), na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Campos. A delegada Ana Paula Carvalho – que assumiu o caso – solicitou a presença de Emanuelle por meio de mensagem telefônica. O atendimento inicial foi feito por uma equipe da Deam e acompanhado pela delegada plantonista Juliana Calife.
Ana Paula informou à Emanuelle que a Polícia Civil já estava em posse do Boletim de Atendimento Médico (BAM) do Hospital Ferreira Machado (HFM) que atestou que a vítima sofreu rompimento na membrana que envolve o tímpano esquerdo.
A delegada também solicitou que Emanuelle levasse o aparelho celular e o relógio que foram destruídos no momento da agressão. Os objetos foram apreendidos e serão analisados pela perícia criminal. O suspeito do crime é o ex-namorado de Emanuelle, o DJ Moranes. Ele chegou a ser preso em flagrante, no dia 31 de março, após a agressão, mas foi solto em seguida ao pagar fiança de R$ 1 mil.
A Deam foi alvo de crítica de Emanuelle nas redes sociais, que reclamou do atendimento que teve no local. Em nova postagem no Instagram, feita na manhã desta quarta-feira, a vítima informou que vai apresentar à delegada Ana Paula os relatos de outras mulheres vítimas de violência doméstica, que está recebendo pelas redes sociais. “Se em algum momento você pensou que ficou sozinha, desamparada, envergonhada e injustiçada, agora você será ouvida. A sua luta é a minha luta. E agora ela é de todas nós”, escreveu Emanuelle.
O caso da agressão ganhou grande repercussão na cidade porque as informações dadas pela Deam eram contraditórias aos relatos de Emanuelle. De acordo com a Deam, a vítima teria sofrido lesão corporal leve. No entanto, Emanuelle fez um desabafo nas redes sociais e declarou que sofreu rompimento da membrana do tímpano esquerdo, o que foi constatado por laudo médico do Hospital Ferreira Machado. Outra questão polêmica foi o caso do suspeito ter sido liberado após pagar fiança e não ter sido enquadrado na Lei Maria das Penha que prevê punições mais rígidas para casos de violência doméstica.
A Polícia Civil ainda não se defendeu das acusações de mal atendimento prestado à Emanuelle.
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