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Morre no Hospital Ferreira Machado recém-nascido que teria sido espancado pelo próprio pai

Criança, de apenas 25 dias, foi esganada e recebeu socos na cabeça após golfar no suspeito

Campos
Por Redação
23 de janeiro de 2019 - 8h34

O pai do bebê e principal suspeito (Foto: Silvana Rust)

Morreu na madrugada desta quarta-feira (23), no Hospital Ferreira Machado (HFM), o recém-nascido de apenas 25 dias que teria sido espancado pelo próprio pai em Farol de São Thomé, no litoral de Campos. O menino foi agredido na tarde de sábado após golfar no suspeito, Lucas do Espírito Santo Pereira, de 25 anos, que foi preso nesta terça-feira.

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A criança recebeu os primeiros socorros na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Farol e estava internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do HFM, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, Lucas teria arremessado o recém-nascido na cama, o esganado e socado sua cabeça diversas vezes.

Detido em uma casa do conjunto habitacional popular de Donana após fugir do local pela janela na primeira investida dos policiais, ele nega as acusações e afirma que o filho sofreu uma queda da cama. A versão é sustentada pela mãe da criança, que só registrou o caso dois dias depois do ocorrido.

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, o delegado titular da 134ª Delegacia Policial (Centro), Bruno Cleuder Melo, disse que tomou conhecimento do caso no dia anterior, quando alguém que ele disse acreditar ser um funcionário do HFM, acionou o disque-denúncia e afirmou que as lesões apresentadas pela criança seriam incompatíveis com uma queda da altura relatada.

A mãe também estava no IML nesta quarta-feira (Foto: Silvana Rust)

Com a morte da criança, Lucas, que já passagem por receptação, será indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Se ficar provado, durante a investigação, que a mãe da criança foi omissa na comunicação do crime, ela também poderá ser indiciada. Devido à não comunicação oficial do caso à polícia, funcionários do HFM poderão responder pela prática de prevaricação, que é o crime cometido pelo funcionário público que atrasa ou não cumpre funções do cargo.

O corpo do recém-nascido foi levado na madrugada pelo Corpo de Bombeiros para o Instituto Médico Legal (IML).