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Coppam aguarda proposta de donos para definir destino do Hotel Flávio

Risco de desabamento de prédio foi tema de reunião da nova diretoria do conselho

Campos
Por Redação
26 de junho de 2018 - 18h48

Parte do Hotel desabou durante o fim de semana (Foto: Divulgação)

Sob a iminência de desabamento, o Hotel Flávio foi tema da primeira reunião da nova diretoria do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Coppam), que aconteceu nesta terça-feira (26), dias após parte do prédio histórico ter ruído no Centro de Campos. O conselho aguarda proposta dos donos do Hotel Flávio para definir seu destino. Mas, segundo a Defesa Civil, uma área da estrutura já está condenada e deverá ser demolida.

De acordo com a nova presidente do Coppam, Cristina Lima, que também é presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), os proprietários do edifício, localizado na Rua Carlos de Lacerda, vêm sendo notificados sobre o risco de desabamento desde 2011, assim como o Ministério Público nos anos de 2011 e 2013.

A presidente revelou que os donos tentaram doar o Hotel Flávio à Prefeitura, mas que o processo não foi concluído, de modo que a responsabilidade pelas melhorias no local continuam sendo dos herdeiros.

“A atual administração já havia demostrado desinteresse na doação. Temos outros compromissos urgentes com o patrimônio arquitetônico da cidade, como concluir as obras do Palácio da Cultura e a reativação do Museu Olavo Cardoso. Por isso, seria um contrassenso assumir um prédio com uma demanda tão onerosa quanto o Hotel Flávio”, justificou Cristina Lima.

Ainda segundo a presidente do Coppam, os proprietários do prédio devem apresentar uma proposta ao conselho, que será analisada. Como o antigo hotel é de interesse histórico, qualquer intervenção deve ser autorizada pelo conselho. Na reunião, desta terça, os herdeiros não participaram. Quem esteve presente foi um amigo da família, que é arquiteto.

Defesa Civil interditou o entorno do Hotel Flávio

Defesa Civil — O coordenador da Defesa Civil de Campos, major Edison Peçanha, explicou que parte do prédio terá que ser demolida por conta do grau de deterioração, agravado por falta de manutenção ao longo dos anos.

“Aguardamos informação dos herdeiros para saber se eles pretendem, por exemplo, preservar a fachada, se vão demolir parcial ou totalmente. Após essa notificação, o Coppam vai se reunir e decidir qual a ideia mais adequada para a situação, tendo como prioridade a segurança das pessoas e dos prédios no entorno. Mas não tenho dúvidas de que algumas partes terão que vir abaixo, sim”, analisou o coordenador da Defesa Civil, órgão que também integra o Coppam.

O entorno do Hotel Flávio foi isolado pela Defesa Civil na manhã desta terça-feira.

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