A reconstituição do homicídio de Ana Paula Ramos começou por volta das 10h50 desta quarta-feira (11). Equipes da Polícia Civil, coordenados pelo delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, Luís Maurício Armond, reproduziram o passo a passo do crime com a presença dos suspeitos, que foram liberados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) — Luana Sales, cunhada da vítima e apontada como a mandante; Igor Magalhães de Souza, o executor; e Wermison Siguimaringa Ribeiro, o intermediário. A Guarda Civil Municipal também colaborou para a realização da reconstituição.
O itinerário da reconstituição foi: a Lagoa do Vigário, onde a vítima foi reconhecida pelos executores; e a Praça do Parque Rio Branco, atrás do Ciep, onde o homicídio aconteceu. Em seguida, a equipe da Polícia Civil foi para a Praça de Custodópolis, onde teria sido feita a negociação entre Luana e o intermediário, Wermison, no dia anterior ao assassinato.
O delegado responsável pelo caso informou que a dinâmica foi coerente com a informação passada pelos suspeitos e com as mensagens trocadas por eles no dia do crime às quais a polícia teve acesso após a quebra do sigilo telefônico. Armond disse que Luana teria combinado com o intermediário e com o executor de o crime acontecer na Lagoa do Vigário, porém Igor teria ficado preocupado porque no dia 19 de agosto, um sábado, o lugar estava cheio de pessoas e, por isso, transferiram o plano de execução para a pracinha do Parque Rio Branco.
Antes de ir até a pracinha, Luana e Ana Paula tomaram uma “banana split” em uma sorveteria na Lagoa do Vigário, segundo mostraram as imagens das câmeras de segurança do local, fornecidas dias após o crime. Na dinâmica da reconstituição, a sorveteria também foi incluída.
Com o intuito de preservar a imagem dos suspeitos, a Polícia Civil colocou um capuz no rosto deles; esse é um procedimento padrão. Os suspeitos participaram ativamente da reconstituição, narrando aos policiais os detalhes do dia do crime enquanto reproduziam as cenas.
Durante toda a reconstituição, Luana negava ter sido a mandante do crime e tentava, segundo o delegado, se livrar da culpa. Apesar de a cunhada de Ana Paula não ter confessado o crime e nem revelado a motivação, Armond ressaltou que não há dúvidas de que Luana foi a mandante do crime.
Familiares da vítima ou dos suspeitos não compareceram à reconstituição.
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