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Caso Ana Paula: Terceira Via consegue áudio de Luana criando um álibi com uma amiga

Delegado faz coletiva de imprensa nesta manhã e fornece mais detalhes sobre o crime que chocou a cidade

Campos
Por Redação
6 de setembro de 2017 - 11h29
Delegado adiantou que essa semana apresentará novidades sobre o Caso Ana Paula. (Foto: Silvana Rust)

(Foto: Silvana Rust)

O delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, Luís Maurício Armond, promoveu uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (6) para fornecer mais detalhes à imprensa a respeito do crime que teve como vítima a jovem universitária Ana Paula Ramos e que chocou a cidade de Campos. Segundo ele, ainda não é possível afirmar qual foi a real motivação do homicídio, mas a Polícia Civil teve acesso a áudios em que a suspeita de ter sido a mandante, a cunhada da vítima Luana Sales, pede a ajuda de uma amiga para conseguir um álibi (prova de não-envolvimento).

Ainda de acordo com o delegado, Luana teria mandado áudios para uma amiga poucas horas após o crime. Na gravação, ela pede que, caso fosse interrogada, essa amiga dissesse que estaria saindo do Shopping Boulevard para encontrar com ela na praça onde aconteceu o homicídio, onde Luana entregaria R$ 500 em dinheiro que serviria para cobrir uma “diferença de caixa” do banco onde trabalhava. O objetivo de Luana seria ter um álibi que justificasse a presença dela na praça e também a quantia que levava na bolsa que, segundo os executores, seria o valor que faltava do pagamento do crime.

O delegado disse que, na gravação, Luana fala com a amiga “de maneira soturna, sussurrando”. Ela pede que, a partir daquele momento, a amiga não atenda mais as ligações dela — para o delegado, Luana já desconfiava de que seria apontada como suspeita e que o seu telefone estaria em posse da polícia. Ainda segundo Armond, o áudio  é “devastador”.

O delegado afirma que a amiga teria colaborado mais veementemente com a investigação na última semana, quando entregou as gravações para a Polícia Civil. Nesses áudios, essa amiga fala para Luana que iria ajudá-la, contribuindo para a elaboração do álibi, mas, segundo ela, isso não aconteceu.

Essa não teria sido a única amiga para quem Luana ligou. De acordo com o delegado, outra pessoa também teria sido contactada pela suspeita o que, para ele, “confirma a determinação dela de executar a vítima”. Antes do crime, Luana ligou para outra pessoa, onde afirmou que Ana Paula estaria agredindo uma criança e que algo precisaria ser feito. Essa amiga fala para Luana que é sobrinha de um policial e, neste momento, a suspeita teria “desconversado”.

Em resumo, o delegado diz, de forma contundente, que Luana é a mandante do homicídio e que pediu para que as amigas dela mentissem de modo a ser inocentada. Ele destaca ainda que essas amigas não teriam conhecimento do crime antes da divulgação na imprensa.

Quanto à motivação do homicídio, o delegado disse que “precisa avançar um pouco para obter mais provas”, mas que objetiva “finalizar as investigações o mais rápido possível”.

O delegado cita ainda um vídeo, que teria sido gravado pouco antes do crime, em que aparecem Ana Paula e Luana dividindo uma “banana split” em uma sorveteria — local escolhido para a execução da vítima. No entanto, os executores teriam pedido para transferir o lugar do crime porque haveria um grande contingente de pessoas nos arredores dessa sorveteria, seguindo então para a praça do Parque Rio Branco.

Ainda segundo Armond, Luana permanece em silêncio. Ela teria dito apenas que iria verificar o que poderia dizer com a sua advogada.

CONFIRA O ÁUDIO DE LUANA FALANDO COM A AMIGA

Na tarde de terça-feira (5), os quatro suspeitos de envolvimento no homicídio — os dois executores, Igor Magalhães de Souza e Wimerson Carlos Sigmaringa Ribeiro; o intermediário, Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros; e a cunhada da vítima, que seria a mandante do crime, Luana Sales — saíram das unidades prisionais em que estavam para mais uma acareação.

Caso Ana Paula

Segundo investigações da Polícia Civil, no dia 19 de agosto, a jovem Ana Paula foi atraída para a praça do Parque Rio Branco, em Guarus, pela cunhada. Ela teria armado uma emboscada para a universitária de modo que o homicídio parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte). Na ocasião, a vítima foi atingida por três tiros — um na cabeça e dois no tórax — e foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM), onde ficou internada em estado gravíssimo até a constatação da morte cerebral, três dias depois do crime.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Luana teria encomendado a morte de Ana Paula a Marcelo e este, por sua vez, contratou os outros dois suspeitos para a execução. Luana – que é administradora de empresas e trabalhava em uma agência bancária da cidade – teria pagado R$2.500 pela execução da cunhada.

Com exceção de Luana, que permanece calada desde a prisão, os suspeitos confessaram o crime. A arma do homicídio ainda não foi localizada. A cunhada foi levada para o presídio feminino Nilza Silva Santos, em Campos, e os homens para a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro. Os quatro foram indiciados por homicídio triplamente qualificado — morte mediante pagamento; motivo torpe. dificuldade de defesa da vítima; e feminicídio.

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