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Procurador constata ausência de servidores no plantão de hospitais de Campos

Na noite de domingo foi realizada uma inspeção nos hospitais e os servidores não foram encontrados no seus horários de serviço

Campos
Por Redação
7 de agosto de 2017 - 10h14
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(Foto: Silvana Rust)

A situação da saúde de Campos parece estar mais grave do que os munícipes imaginam. Na noite de domingo (6), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), junto ao procurador geral do município de Campos, José Paes, realizaram uma inspeção nas três principais unidades hospitalares — Hospital Ferreira Machado (HFM), Hospital Geral de Guarus (HGG) e Hospital São José — e constataram um fato no mínimo absurdo: embora tivessem assinado o ponto, os servidores não estavam presentes para prestar atendimento à população.

A informação foi divulgada pelo procurador em vídeo publicado na página da Prefeitura Municipal de Campos no Facebook (veja abaixo). Segundo ele, o objetivo da inspeção era, de fato, verificar a presença dos profissionais no local de trabalho. Essa situação já havia sido denunciada pelo vereador Cláudio Andrade no artigo “Filas na saúde ou caô de funcionário?”, publicado no dia 24 de julho no site do Jornal Terceira Via. No texto, o vereador afirma que alguns “agentes públicos são acomodados, pois absorveram por completo a visão de que ‘setor público’ é algo feito para não ser resolutivo, não ofertar nada de qualidade e ser emperrado”.

O artigo teve grande repercussão na primeira sessão da Câmara Municipal após o recesso, que aconteceu no último dia 1º. Na ocasião, um grupo de servidores da saúde foi até lá reivindicar a respeito da carga horária, que poderia ser reajustada de 30 horas para 40 horas semanais. O Ministério Público voltou atrás e suspendeu essa recomendação pelos próximos 30 dias, quando o assunto deverá ser discutido entre a categoria, sindicato e Prefeitura. Ainda nesse dia, parte do grupo chegou a se manifestar contra o vereador Cláudio Andrade (PSDC). Após saber da ação ontem, o vereador declarou:

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“No artigo, de forma correta e sem querer atingir nenhum servidor honrado e que trabalha cumprindo sua carga horária, apenas relatei que em todo o país há pessoas que infelizmente não fazem jus à função de servir. Espero que no caso municipal, que não foi levantado por mim e sim pelo procurador José Paes, que o Prefeito Rafael possa tomar as medidas que entenda cabíveis. O importante de tudo isso será a qualidade de atendimento ao povo, esse sim, os mais afetados quando há desencontros na saúde pública”.

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De acordo com o procurador, José Paes, essa atitude prejudica o serviço prestado à população. “É importante a gente destacar que cada profissional desse, que não está cumprindo a sua carga horária de trabalho, recebe mensalmente um recurso poderia estar sendo utilizado para comprar um medicamento, um insumo, para dar melhores condições de trabalho para esses próprios servidores… A gente sabe que a grande maioria dos servidores públicos municipais cumpre com as suas obrigações e merece ser valorizado por isso, mas a gente tem sim aqueles profissionais que infelizmente não cumprem a carga horária de trabalho e isso acaba causando um prejuízo aos cofres públicos”, declarou.

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O procurador finalizou o vídeo destacando que “continuará adotando essas medidas (inspeções) em parceria com o Ministério Público” para “aos poucos, resolver esse problema de anos na saúde pública”.