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Filas na saúde ou caô de funcionário?

Muitos funcionários, sejam eles concursados ou não, reconhecem o poder público como um local indesejável

Opinião
Por Redação
24 de julho de 2017 - 8h38

No Brasil inteiro são recorrentes as inúmeras filas que se espalham na frente dos hospitais públicos. Milhares de pessoas amontoadas que lutam para agendar um médico, exame ou mesmo concretizar um tratamento, contornam quarteirões.

 

A defesa natural do Poder Público, via secretarias de Saúde, é de que não há estrutura para atender a demanda. E que o prefeito está lutando por alternativas que minimizem a situação.

 

Todavia, sabemos que há pessoas aguardando exames de mamografia e a realização de fisioterapias. Outros aguardam leitos para serem internados ou remédios fornecidos, gratuitamente, que nunca chegam.

 

A resposta sempre protocolar dos secretários de Saúde são meias verdades. Por trás disso tudo existe um problema crônico tão grave quanto os acima citados, mas que é pouco ou quase nunca discutido: a má vontade de centenas de agentes públicos no trato e no atendimento aos contribuintes que precisam da rede pública de Saúde.

 

Muitos funcionários, sejam eles concursados ou não, reconhecem o poder público como um local indesejável. Quando chegam ao trabalho não possuem qualquer espírito público e descontam nos munícipes a sua revolta quanto ao salário baixo, ou não recebido, os problemas familiares e a má vontade de ter que servir ao próximo.

 

Isso mesmo! Existem pessoas que detestam resolver os problemas alheios mesmo sendo essa a sua obrigação quando aprovada em concurso público.

 

O dia de sexta feira é caótico. Parece que, após o meio dia, alguns funcionários, estatutários ou não, são acometidos de alguma síncope e desaparecem de seus respectivos setores como se uma emergência ou um agendamento de última hora fosse inadmissível.

 

Esses agentes públicos são acomodados, pois absorveram por completo a visão de que ‘setor público’ é algo feito para não ser resolutivo, não ofertar nada de qualidade e ser emperrado. Nesse caso, ele só presta algo minimamente decente se houver o famoso ‘quem indica’ ou se a propina ‘comer solta’.

 

Na ponta, desguarnecidos, desesperados e morrendo, se encontram aqueles que precisam que os agentes públicos, que recebem dos seus respectivos poderes, via dinheiro do contribuinte, ofereçam um serviço de qualidade para não ‘desaparecerem do mapa’.

 

Nesse momento tem gente em casa atrofiada, sem remédio, em cima de uma cama, cheia de escara por não ter recebido atendimento de qualidade. Tudo isso por falta de estrutura e também da má vontade de uma leva de funcionários públicos que odeiam trabalhar e que destroem a imagem do governo pelo qual são subordinados.

 

Outro grave problema é o ódio que os funcionários possuem de não desejar cumprir horário. Diversas categorias profissionais simplesmente se recusam a ficar nos seus setores de trabalho o tempo que a lei exige.

 

Esses agentes tratam as repartições onde estão lotados como sucursais de suas casas. Como se no âmbito público pudessem fazer as coisas erradas que devem, por força do hábito, realizar em seus lares.

 

Esse tema não se esgota aqui, mas uma pergunta precisa ficar: o caos na Saúde se deve somente a alardeada falta de estrutura ou há muito funcionário que simplesmente vê a banda passar?

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