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Piscina vazia ou cheia nas eleições em Campos

Ser prefeito de Campos dos Goytacazes hoje, não é um manjar dos deuses e sim presente de grego

Geral
Por Redação
13 de agosto de 2019 - 11h29

Há muitas palavras fakes sendo proferidas por candidatos à deriva, sobre assuntos que eles não possuem uma solução imediata.

Esse é o cenário atual no município de Campos dos Goytacazes, onde a cadeira máxima do executivo é mais desejada do que o saneamento administrativo da terra de Nilo Peçanha.

Nenhum ‘pseudo’ postulante ao cargo de prefeito em 2020 apresentou até o presente momento algo razoável que mereça ser discutido e difundido pelos quatro cantos da Planície Goyacá.

Os herdeiros se apresentam como peças novas conduzidas por controles remoto paterno. Seja para a obtenção de capilaridade eleitoral do genitor ora para o direcionamento dos passos a serem dados, tudo precisa ser referendado pelos líderes das proles.

As dificuldades na área de saúde, a greve dos médicos, as inseguranças dos proprietários de vans ainda não foram debatidas pelos sonhadores do Cesec. Eles apenas usam essas problemáticas para fazerem a função de gasolina mantendo o incêndio vivo, sem qualquer preocupação com os prejuízos que esse fogo causará.

 As propostas para continuar o que está dando certo e as ações positivas para consertar o que não funciona não aparecem. Trata-se de um mistério que me leva a crer que, hoje, ninguém ainda reconheceu que nunca mais Campos poderá ser chamada de ‘cidade rica’.

Com relação a essa falácia de riqueza a nós imposta, importante dizer que nunca fomos, na verdade, essa terra de Midas. Sempre tivemos os royalties como uma cortina de fumaça que nos proporcionou ilusões de vitalidade financeira que até hoje nos causa danos irreparáveis.

Nosso município é mal explorado, pobre em termos de renda per capita por habitante e está na ‘corda bamba’ por não ter se preparado (culpa de seus prefeitos) para enfrentar as variadas crises com o cofre cheio.

A busca incessante para desgastar o atual governo não é a melhor alternativa nesse momento. Bater por bater não vai render votos, mas enfrentar os problemas com soluções viáveis, palpáveis e possíveis de serem realizadas é o melhor caminho.

 Repito o que já escrevi em outras oportunidades. A população, independente de classe social, não quer luxo ou promessas mirabolantes que beiram ao ridículo. Todos querem o resgate da dignidade e do mínimo existencial, leia-se trabalho, transporte, saúde, comida e educação.

As cinco palavras acima já foram garantia de vida digna, mas hoje, a cada dia que passa, se torna algo distante de nossas mãos e isso é grave, mas os esfomeados pelo poder se recusam a debater formas de sanear isso.

A eleição do próximo ano será de comparativos. Vamos observar de qual forma os candidatos a prefeito se portarão quando arguidos sobre o mínimo que desaparece a cada dia da vida das pessoas.

Ser prefeito de Campos dos Goytacazes hoje, não é um manjar dos deuses e sim presente de grego, pois nadar de cofre cheio é algo mágico, por outro lado, pular em piscina administrativa vazia não é função para qualquer um.

Quer ser prefeito de Campos, vamos lá, o que você tem na sua mente para encher de esperança meio milhão de habitantes?

Feliz dia dos pais para todos os leitores!