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Blog dos Jornalistas: irmãos Garotinho votaram contra Previdência na Câmara

Contrariando sua posição favorável à reforma, Wladimir votou com a irmã, Clarissa, contra a proposta, por orientação do pai

Blog dos Jornalistas
Por Blog dos Jornalistas
11 de julho de 2019 - 10h55

Wladimir e Clarissa durante votação do texto-base da reforma da Previdência, na Câmara, nesta quarta-feira (9). (Foto: Acervo pessoal)

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), o texto-base da reforma da Previdência. Foram 379 votos a favor e 131 votos contra. Entre os deputados federais da bancada do Rio de Janeiro que se posicionaram contra a proposta estão os campistas Wladimir (PSD) e Clarissa Garotinho (PROS). Parte de um grupo político familiar, os irmãos mantinham posições diferentes. Ele era favorável e ela, contrária à proposta. Ambos, porém, acabaram optando pelo “não”, em atuação que teria sido coordenada pelo patriarca, o ex-governador Anthony Garotinho.

Embora afirmem reconhecer a necessidade da reforma e que o texto colocado em votação sofreu mudanças importantes, Wladimir e Clarissa entenderam que a proposta ainda não era a ideal.

“Não tenho dúvidas de que uma reforma da Previdência é necessária e que o texto aprovado pela Comissão Especial avançou muito em relação à proposta inicial do Governo. Mas, infelizmente, a proposta que estamos discutindo está muito aquém do que seria razoável para um país como o Brasil. Por mais que se defenda que a Reforma atinge as parcelas mais ricas da população, a realidade é que o texto que estamos votando trata de forma injusta os trabalhadores, os professores, os aposentados e as pensionistas”, afirmou Wladimir, em nota divulgada à imprensa.

O posicionamento de Clarissa foi semelhante.

“A Reforma da Previdência foi aprovada na Câmara dos Deputados. Embora eu reconheça que o texto final teve avanços em relação ao texto proposto inicialmente, e até emendas minhas tenham sido acatadas pelo relator, o texto não mudou o suficiente para que tivesse o meu voto favorável. Uma reforma era, sim, necessária! Mas, infelizmente, embora se diga que que a proposta pretende acabar com privilégios, não foi o que aconteceu. A Reforma faz 80% da sua economia em cima dos trabalhadores do Regime Geral e da Assistência Social, que atende pessoas em situação de extrema pobreza. Além disso, os pensionistas terão cortes abruptos, recebendo, em muitos casos, um valor inferior a um salário mínimo”, afirmou, em suas redes sociais.