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Chegada do verão traz preocupações com afogamentos

Corpo de Bombeiros dá dicas para prevenir casos em praias, lagoas e cachoeiras

Geral
Por Yan Tavares
14 de janeiro de 2024 - 0h00
Resgate|Brasil é o terceiro no mundo em mortes por afogamento (Fotos: Sivana Rust)

A junção das altas temperaturas que a região Norte Fluminense enfrenta e o período de férias de verão gera uma preocupação: o risco de afogamentos nas praias e lagoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o terceiro país com mais mortes por afogamento no mundo. Apenas entre a última sexta-feira de 2023 (29 de dezembro) e primeira segunda de 2024 (1º de janeiro), o Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ) realizou 26 resgates em Campos dos Goytacazes e São João da Barra. Foram 15 entre Atafona e Grussaí, mais 11 em Farol.

Antes, um episódio já havia chamado atenção na região. Somente no dia 17 do mês passado, o CBMERJ realizou 17 resgates nas praias de São João da Barra, sendo 15 deles feitos ao mesmo tempo, em Grussaí, em frente ao Pólo Gastronômico.

“Caso se depare com uma situação de perigo em rios e lagos, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Se possível, disponibilize algum material flutuante para a vítima e aguarde a chegada do socorro. Não se arrisque entrando na água para tentar efetuar o salvamento por conta própria. Você pode se tornar mais uma vítima”, alerta o CBMERJ em nota enviada ao J3News. E a corporação acrescenta:

“Nas praias, a orientação é que os banhistas procurem os locais próximos aos postos de Guarda-vidas, respeitem as orientações dos profissionais e a sinalização das bandeiras informando as condições do mar e o local indicado para o banho seguro. Além disso, é preciso cuidado com as crianças, não as deixando sozinhas. A orientação é não mergulhar à noite ou após ingestão de bebida alcoólica”, destaca.

O trabalho preventivo é feito também através das redes sociais do Corpo de Bombeiros do RJ. São destacadas à população as principais causas de afogamento, bem como cuidados que devem ser tomados para prevenir novos casos.

Principais causas de afogamento:
O Corpo de Bombeiros alerta que o uso de álcool reduz a capacidade de avaliar o risco. A falta de conhecimento do local é outro fator para o qual se deve ficar atento. O CBMERJ não recomenda nadar em lagos, rios e represas, por não ser possível saber o que tem debaixo d’água.

“Respeitar os limites também é importante. Caso a pessoa se sinta insegura para nadar, a dica é evitar a água. Ainda que se saiba nadar, confiar demasiadamente nas habilidades na água pode oferecer risco. A dica é sempre fazer a opção por atitudes mais seguras. Outro fator sempre importante de ser destacado é a supervisão das crianças por parte dos responsáveis, ainda que elas saibam nadar”, diz o CBMERJ.

Maioria dos óbitos acontece em rios, lagos e represas
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro alerta que a maioria das mortes por afogamento acontece em rios, lagos e represas. Porta-voz do CBMERJ, o Major Fábio Contreras dá algumas dicas que podem ser essenciais para prevenir e evitar problemas.

“São locais que parecem seguros, mas escondem muitos perigos. O espelho d’água tranquilo às vezes dá uma falsa sensação de segurança. Mas, no fundo, pode haver lama, lodo, raízes e galhos, que podem facilmente se prender a alguma parte do corpo, provocando afogamentos. Mesmo em rios conhecidos, o relevo do fundo pode mudar, por deslocamento do solo e troncos, alterando a profundidade da água. É desaconselhável o salto nesses locais, tendo em vista o risco de lesões e traumas”, explica.

Ele alerta ainda para o risco das correntezas: “A correnteza forte, assim como os remansos (efeito da elevação do nível de água acima do patamar natural a partir da formação de reservatórios), são outras situações de grande perigo. Em dias de chuva intensa, a elevação súbita do nível da água pode acabar arrastando quem está se banhando ou até mesmo próximo às margens”, finaliza.