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Itaperuna tem primeiro caso confirmado de varíola dos Macacos

Paciente esteve recentemente em viagem, não precisou de internação e se recupera bem

Região
Por ASCOM
27 de julho de 2022 - 23h51
(Foto: Itaperuna News)

A Secretaria Municipal de Saúde de Itaperuna confirmou, na noite desta quarta-feira (27) o primeiro caso de varíola dos macacos. De acordo com informações do Departamento de Comunicação do município, o paciente é um homem, jovem, de idade não informada e esteve recentemente em viagem. Ele não precisou de internação e se recupera bem.

De acordo com o médico urologista Frederico Reis Bastos, primeiro a ter contato com o jovem, o paciente tomou uma série de cuidados.

“O paciente super bem orientado, chegou aqui com essa suspeita e ele mesmo teve o cuidado de evitar contato, cuidado de zelo, de tudo; e a partir do momento que ele percebeu, que o parceiro tinha tido lesões de pele na cidade de origem, procurou por ajuda médica. O nível de consciência do paciente foi altíssimo, o cuidado que ele teve foi altíssimo também”, comenta o médico.

Ainda segundo o urologista, o paciente foi isolado na própria residência. “O isolamento foi feito em casa, um isolamento domiciliar e eu mediquei e controlei à distância, com a ajuda de outros colegas, tratando sintomaticamente. Precisei usar antibiótico para as feridas de pele infectada na segunda fase da doença, mas consegui controlar remotamente, sem precisar de internação hospitalar”, diz.

O paciente está bem e na fase final da doença, em recuperação. A doença está na terceira semana, fase final.

“As lesões já saíram das crostas para cicatrizes, então é a hora que ele para de transmitir. O período de transmissão da doença ocorre quando existe a lesão ativa na pele. E o contato não é a única forma de transmissão”, explica.

O médico explicou ainda como deve ser realizado o procedimento, junto às pessoas que tiveram algum contato com a pessoa infectada.

“A primeira fase é entender se as pessoas tiveram contato com um caso suspeito ou um caso confirmado. O caso confirmado é o caso PCR Positivo, ele já fez o teste e detectou positivo. O caso suspeito tem a clínica, história epidemiológica compatível com monkeypox e ele é tratado da mesma maneira como caso confirmado, até que sai o resultado laboratorial. Esses pacientes contactantes são isolados por 7 dias, que é o período que você espera que surjam as lesões e caso surja a lesão em até 7 dias, segue o isolamento por 21 dias. Se não surgir lesão por 7 dias, segue medindo a temperatura pelo menos duas vezes por dia, durante 21 dias”.

Atenção e monitoramento
A secretária Municipal de Saúde Adriana Levone informa que a equipe da Secretaria vem acompanhando as notas técnicas da Anvisa, Fiocruz, bem como as informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e demais entidades que estudam a doença.

“Nossos profissionais estão buscando informações sobre o assunto e nós estamos sempre em contato com a Secretaria de Estado de Saúde, objetivando uma informação de qualidade. Já sabemos que a detecção precoce, instrução e o isolamento do caso diagnosticado são formas de conter a doença. Pretendemos ampliar essa gama de informações junto aos nossos médicos, preparando-os para que possam diagnosticar a doença com mais rapidez, além de trabalharmos na divulgação de informações oficiais junto à sociedade. Vale reforçar que o paciente em questão está na fase final de recuperação, com as cicatrizes secando, sem riscos de contaminar outras pessoas, ou seja, não há motivos para que a população se desespere”, diz a secretária.

Sintomas e cuidados
A varíola dos macacos é uma doença que se comporta como se fosse uma gripe. A primeira fase dela é dor, artralgia, mialgia, com a presença de febre. No segundo momento da doença acontecem as erupções cutâneas, lesões que podem surgir do centro do corpo perifericamente ou, quando a doença está mudando, pode surgir como lesões genitais.

A contaminação, comumente vai acontecer através do contato da ferida; e, menos comumente, através de contato indireto, como por exemplo, através da roupa de cama, roupa usada do paciente, suor, e pela via respiratória, o que é menos frequente, já que requer exposição prolongada no mesmo ambiente.