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Campos recebe R$ 58,4 milhões de repasse referente aos royalties do petróleo

O valor é 20% inferior ao mês de maio, quando o município foi contemplado com R$ 73,4 milhões

Economia
Por Redação
24 de junho de 2022 - 8h26
Exploração de petróleo na Bacia de Campos (Foto: Divulgação/Arquivo)

Está previsto para esta sexta-feira (24) o repasse dos royalties do petróleo para as prefeituras dos municípios ligados a Bacia de Campos. De acordo com pesquisa especializada do setor, Campos dos Goytacazes receberá R$ 58.478.428,57 este mês. O valor é 20,4% inferior ao mês de maio, quando Campos recebeu R$ 78.438.515,00. Entre os municípios fluminenses, apenas Niterói receberá valor superior ao mês passado, de R$ 101,9 milhões passou para R$ 102,5 milhões, aumento de 0,6%.

Entre os municípios da região, Macaé receberá em junho R$ 93,6 milhões; Quissamã, R$ 17 milhões; Carapebus, R$ 6,8 milhões; e São João da Barra com R$ 19,4 milhões em royalties do petróleo, repassados pela Petrobras. A cidade de Maricá continua no topo da lista dos municípios do Rio de Janeiro a receber o maior volume de recursos. Em junho vai contar com o valor de R$ 144,5 milhões. A capital fluminense recebe R$ 26,7 milhões.  

Para o especialista e consultor em petróleo, Wellington Abreu, estes repasses refletem a queda do câmbio e do preço do petróleo tipo brent no mercado internacional.

“O câmbio atingiu seu menor valor desde 2020 e o brent que, mesmo se mantendo acima dos US$ 100, teve queda em comparação ao mês de março. Outro fator é a polêmica dos combustíveis que tem um entendimento equivocado em minha análise. O mundo começou a ter um reflexo direto no preço dos combustíveis após o início do conflito na Ucrânia. Outra coisa é o PPI adotado pela Petrobras a partir de 2016, comenta.

Ainda de acordo com Wellington Abreu, os preços dos combustíveis já vinham sendo reajustados desde 2016 e teve um acentuado reflexo  após o conflito. “Efeito que seria impedido se o programa ortodoxo anterior estivesse em vigor, sem entrar na questão política. Fato é que após uma “guerra”, como foi e ainda está sendo o período da pandemia do Covid-19, uma recessão econômica é inevitável”, conclui.