A Câmara Municipal de Campos realizou na manhã desta segunda-feira (13), mais uma audiência pública para debater o transporte público em Campos. Na primeira parte da audiência pública, as empresas fizeram uma prestação de contas aos vereadores. Para responder pelo Consórcio Planície, o empresário José Maria Matias esteve na tribuna e esclareceu as dúvidas dos vereadores e respondeu às perguntas pertinentes à concessão. Para José Maria, o valor da passagem, o excesso de gratuidade e a proliferação do transporte ilegal são os três fatores que mais prejudicam o bom funcionamento das empresas.
O sócio-proprietário das empresas São Salvador e Cordeiro, Neto Amaral, também ressaltou que o grande número de gratuidades inviabiliza o lucro das empresas. Para ele o valor da passagem também está muito defasado. “Se fosse haver o reajuste anual, conforme estava previsto desde 2013, o valor da passagem seria de R$7”, informou o empresário.
O empresário sugeriu uma solução, que segundo ele atenderia aos empresários, ao poder público e aos usuários. A ideia é que a passagem seja mantida a R$3,50 para o usuário e que o município subsidie o óleo diesel, pagando por KM rodado dos coletivos.
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A empresa Rogil não enviou representante para a audiência e o espaço foi imediatamente facultado à população. Paulo Honorato, representante dos moradores do Imbé, Cambucá e Batatal, disse que hoje a população dessas localidades está sem transporte. “Nossas crianças não podem ir à escola, as pessoas estão perdendo emprego, porque não tem como vir para o Centro, tem gente que dorme na rodoviária, porque às vezes consegue vir, mas não consegue retornar”, relatou. A empresa retirou os ônibus de circulação dessas localidades desde 2017.
Em nota, a Prefeitura informou que “o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) tem buscado alternativas para atendimento emergencial para a localidade que a empresa Rogil abandonou a prestação de serviço”.
Na segunda parte da audiência, na parte da tarde, a bilhetagem eletrônica voltou a ser debatida.