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BR-101 e 356 em debate

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Opinião
Por Editorial
5 de junho de 2022 - 0h02

Antes, principalmente no trecho entre Campos e Macaé, a BR-101 era denominada “Rodovia da Morte”. A sociedade organizada passou a cobrar assertivamente uma solução para o problema, que veio na forma de concessão da estrada para a iniciativa privada.
No entanto, as primeiras obras vistas no trecho entre a Ponte Rio-Niterói e o Espírito Santo foram as praças de pedágio. Mas na licitação original havia uma obra de vulto, com duplicações, trevos, contornos e viadutos, além de um novo traçado, uma engenharia pesada, estimada em bilhões. Agora, passados os anos, e antes do prazo final contratual,  a empresa desistiu, considerando que a concessão gera prejuízo e sem previsão de melhora. Diminuição do fluxo de veículos, exigências ambientais exageradas e até mesmo a violência crescente no trecho foram destacadas como justificativas.
A reportagem especial desta edição, por Clícia Cruz, aborda uma segunda solução para o problema, com participação do Governo Federal, que decidiu discutir a relicitação da BR-101 e incluir no debate a licitação da BR-356, no trecho entre Viçosa (MG) e São João da Barra. No primeiro caso, o trecho da rodovia impacta 13 municípios do Rio de Janeiro, responsáveis por 17% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. E a Fecomércio-RJ acerta quando chama a sociedade organizada para discutir essa relicitação, que consiste na devolução do ativo seguido de leilão e assinatura de novo contrato com o vencedor.
A região agora tem a oportunidade de ser ouvida nesse novo momento. Não dá mais para cometer os mesmos erros de 20 anos atrás. Há de se pensar numa estrada para os próximos 30 anos, com segurança, agilidade e qualidade. Estrada boa pode ser sinônimo de riqueza, pois atrai investimentos, estimula a produção e o turismo. Não dá mais, portanto, para vivermos numa região com níveis econômicos altos, mas com estradas inseguras, limitadas e engarrafadas.