Foi aberto nesta quinta-feira (19), em Campos dos Goytacazes, o 5º Simpósio Fluminense de Oncologia, evento de relevância nacional que conta com a participação de renomados médicos e profissionais do país. O tema principal este ano é voltado para a Medicina de Precisão. O encontro é organizado pelo Instituto do Câncer do Norte Fluminense e pelo OncoBeda (Grupo IMNE), e, acontece nas instalações do Soho Promenade até sexta-feira (20). Os diretores clínicos do Grupo IMNE Oncologia, Diogo Neves e André Porto, além do médico radioncologista Ronaldo Cavalieri participaram da solenidade de abertura.
A primeira palestra do simpósio contou com a participação do oncologista clínico e pesquisador Luciano de Souza Viana, cujo tema foi “Oncologia de Precisão: onde estamos e para onde vamos?”. Ele é coordenador da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha/Fundação Francisco Xaxier, em Ipatinga, Minas Gerais. Ao todo, se apresentam cerca de 40 profissionais de diferentes áreas da Medicina. Além de auxiliar profissionais médicos, o simpósio é voltado para equipes muldisciplinares formadas por enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, além de estudantes residentes de Medicina.
O diretor clínico do Grupo IMNE Oncologia, Diogo Neves, destacou a realização do evento que retornou ao modo presencial, dois anos depois do início da pandemia de Covid-19. “É muito importante para a nossa cidade e toda a região este simpósio. Campos sempre esteve na vanguarda da Medicina. Temos uma Faculdade de Medicina, por exemplo. Neste evento, contamos com grandes expoentes da oncologia nacional e internacional. Isto traz muita experiência e network. É importante saber o que se está fazendo nos grandes centros. Há muito o que contribuir com os participantes presentes”, disse.
Diogo Neves destacou ainda o tema deste ano que aborda a Medicina de Precisão. “Trata-se de uma área muito em voga atualmente. O câncer se comporta de modos diferentes. O mesmo tipo pode ter distintos mecanismos de ação. Por meio da Medicina de Precisão, a gente consegue fazer exames de genética, e saber como o paciente se beneficia mais com um tipo de tratamento, e qual o tratamento que não deve ser indicado. É também possível identificar a toxicidade de algumas drogas, por exemplo, em um paciente que tenha alguma deficiência. São coisas que conseguimos manejar através da Medicina de Precisão. Com marcadores, podemos individualizar o tratamento”, resume.
O medico radiologista do IMNE, Ronaldo Cavalieri, também abordou a importância do encontro em Campos dos Goytacazes. “Fizemos o primeiro simpósio em 2015. Nos últimos sete anos, esta é quinta edição. É fundamental para a nossa região. Temos que ir além da assistência, e precisamos participar de atividades educacionais. Acreditamos que, no final das contas, isto irá beneficiar principalmente o paciente. Todos que estão aqui sairão com informações científicas da melhor qualidade com pessoas de referência”, considera.
O cirurgião torácico da Santa Casa de Porto Alegre, Stephan Soder, é um dos profissionais que se apresentam no Simpósio Fluminense de Oncologia. “É muito importante que se discuta câncer de pulmão e a qualidade assistencial. Do ponto de vista de cirurgia, existem diferentes padrões de qualidade. Discutimos aqui como oferecer o melhor resultado oncológico, ou seja, o melhor resultado para os pacientes. Vir presencialmente a Campos é uma grande satisfação por poder trocar informações com os profissionais da cidade”, explica.
O médico Daniel Bonomi é cirurgião robótico, além de integrar a Rede Materdei, de Belo Horizonte. Ele abordou a influência da tecnologia no tratamento do câncer atualmente.
“A introdução da cirurgia robótica no tórax em nosso país, em princípio, parecia algo difícil, e que ficaria só nos grandes centros. Com o desenvolvimento e os benefícios da cirurgia robótica, temos disseminado a técnica, diminuído custos, fazendo isto para todo o país. Isto traz benefícios para cidades como Campos, para os pacientes e para os médicos que operam cada vez mais com maior qualidade e segurança assistencial. A cirurgia oncológica tem que ser a melhor possível. Quando falamos em cirurgia oncológica do tórax e do câncer de pulmão, a precisão do sistema robótico permite que o cirurgião ganhe habilidade, após treinamento, obviamente. Todos os médicos estão interessados em trabalhar com essa tecnologia. É bom que isso ocorra no país inteiro”, conclui.
Para saber sobre toda a programação do 5º Simpósio Fluminense de Oncologia, com palestras, mesas de discussão e debates, basta acessar o link abaixo.
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