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Riscos que estão no mapa

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Opinião
Por Redação
24 de abril de 2022 - 0h01
(Foto: Silvana Rust)

Em tempos passados, era comum, diante das enchentes dos rios, chamá-los de agressores. Hoje, se percebe que suas margens são as que o oprimem. Era comum colocar a culpa de tragédias urbanas nas chuvas e nos rios. Agora, o homem já admite sua culpa nesse cartório de acontecimentos trágicos nas cidades.

Foi com esse olhar que o jornalista Ocinei Trindade focou a reportagem especial desta edição, identificando hoje o que poderá ser tragédia amanhã (Clique aqui). E essas tragédias têm dado avisos prévios, sendo prova inconteste disso o que ocorreu em Petrópolis, em fevereiro deste ano.

Não adianta apenas mapear as chamadas áreas de risco. É preciso que ocorram intervenções de política pública para tirá-las do mapa. Vale aqui a velha máxima de que mais importante do que remediar é prevenir.
Existem áreas de riscos, sim, principalmente à beira do rio Paraíba do Sul, beiras de lagos e margens de estradas onde se constroem moradias em condições vulneráveis.

No caso do Paraíba, moradores, sem opções, percebem isso e improvisam espécies de palafitas cuja fragilidade pode ser vista a olho nu. Lembramos aqui que o rio Paraíba, quando acima de sua cota, ganha velocidade e essa correnteza já comprometeu a estrutura de duas pontes sobre ele.
Mas o período das cheias já teria passado? Não se pode afirmar isso diante das mudanças climáticas, mas, mesmo que assim seja, esse é um momento propício para as intervenções necessárias.