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Pesquisadores e Comitê de Bacia iniciam expedição pelo Rio Paraíba do Sul

Proposta é identificar problemas e soluções, da foz em São João da Barra, até a nascente em Areias, São Paulo

Meio Ambiente
Por Ocinei Trindade
4 de março de 2022 - 12h42

Zenilson Coutinho preisde Comitê do Baixo Paraíba do Sul (Foto: JTV)

O Rio Paraíba do Sul é considerado um dos mais importantes do Brasil. Com 1.137 quilômetros de extensão, ele nasce na cidade de Areias, São Paulo, passa por Minas Gerais e se encontra com o mar no Norte do Rio de Janeiro, em São João da Barra.  Na segunda-feira (7) e terça-feira (8), um encontro com pesquisadores e autoridades acontecerá em São João da Barra e em Campos dos Goytacazes. Na ocasião, será lançado o projeto “Nascente do Rio Paraíba”. Trata-se de uma expedição que pretende percorrer da foz à nascente do rio, para identificar problemas e apontar soluções. A iniciativa é do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul e Itabapoana, presidido por Zenilson Coutinho.

“O Comitê está sediado na Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos. Reúne 30 integrantes da sociedade civil, usuários e poder público e envolve 22 municípios do Norte e do Noroeste Fluminense. A iniciativa desse projeto é trazer conscientização sobre o uso do rio e sobre o enfrentamento dos problemas que envolvem seca, enchente e poluição”, explica Zenilson.

Vista do Paraíba do Sul cheio em Campos dos Goytacazes (Foto: Silvana Rust)

De acordo com o presidente do Comitê do Baixo Paraíba, o projeto “Nascente do Rio Paraíba” deve ser concluído em setembro deste ano. O projeto foi dividido em três etapas. “Na primeira fase, conversaremos com os comitês do RJ, MG e SP para elencar os problemas de cada comitê. Em junho e em julho, faremos uma reunião em Resende. Já em setembro haverá uma conferência para apresentação de todos os relatórios e exibição de um documentário. Todo esse material será encaminhado às autoridades governamentais e entidades ambientais”, resume.

Foz do Rio Paraíba em Atafona, São João da Barra (Foto: Arquivo/Ilustração)

Na segunda-feira (7), os pesquisadores começarão a expedição em São João da Barra, na foz do Rio Paraíba do Sul, com as participações da prefeita de SJB, Carla Machado, e da prefeita de São Francisco de Itabapoana, Francimara Barbosa, além de representantes do Insituto Estadual do Ambiente (INEA). O geólogo da UFRJ, Lázaro Tadeu, também integra o projeto expedicionário. Ele faz atividades educativas e teatrais nas escolas com um personagem fictício, o “Zé do Paraíba”, caipira que ensina sobre consciência ambiental.

Na terça-feira (8), haverá um encontro durante todo o dia na sede do comitê na Uenf, com apresentação de projetos e problemas do Paraíba na região. Na universidade funciona a Sala de Monitoramento do Rio Paraíba do Sul. No recente período de chuvas intensas, o equipamento se tornou bastante útil e necessário para levantamento de informações. Isto ocorre também  em períodos de secas e estiagem.

Expedição pelo Paraíba do Sul deve ser encerrada em setembro

Zenilson Coutinho, além de presidir o Comitê do Baixo do Paraíba, integra o Comitê de Integração do Paraíba (Civap), sediado em Resende, Sul Fluminense. Contador de formação, ele passou a se interessar por causas ambientais há 22 anos. “Temos muitos problemas locais, como a fragilidade dos diques na região. É preciso fortalecer os laços e a comunicação com as autoridades e órgãos superiores envolvidos com causas ambientais. Por isso, precisamos chamar à atenção de todos os municípios beneficiados pelo Paraíba do Sul. Até setembro, na cidade paulista de Areias, temos muito a fazer”, conclui.