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Meteorito teria caído no Noroeste Fluminense e evento começa a ser investigado por cientistas que temem “caçadores de pedras do espaço”

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Coluna do Balbi
Por Coluna do Balbi
16 de janeiro de 2022 - 0h01

Na tarde de terça-feira passada (11/01) um estrondo foi ouvido simultaneamente por moradores de Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Itaocara, Itaperuna e São Fidélis, tudo paralelo às enchentes dos rios Pomba, Muriaé e Paraíba do Sul. O barulhão foi ouvido exatamente às 12h21min daquele dia. Moradores de Santo Antônio de Pádua relatam que viram algo estranho no céu, apontando para a hipótese de ter sido um meteorito, mas ninguém sabe onde teria caído. Muita gente já estaria até correndo atrás, procurando possíveis fragmentos, já que o preço de uma pedrinha de meteorito é astronômico. Um grama custa cerca de 270 dólares. Essa foto está circulando em redes sociais como se fosse o momento em que o meteorito caía ou passava, mas não se sabe se é verídica.

Astrofísico começa a receber relatos e lembra casos semelhantes como o que aconteceu em Varre-Sai

O astrofísico Marcelo de Oliveira Souza, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor da UENF, onde criou um clube de astronomia, disse para esta coluna que está investigando o caso, mas que precisa de mais relatos. Lembrou que em 2010 um caso bem semelhante colocou a cidade de Varre-Sai no mapa do mundo. Várias partes de meteoros foram encontradas em uma fazenda no município, e a queda foi visualizada pelo caseiro da propriedade rural, seu Germano, que localizou a maior delas.

O mais famoso caçador de pedras do espaço do mundo veio dos Estados Unidos para procurar meteorito em Varre-Sai

Cientistas de todas as partes do mundo foram para Varre-Sai assim como os caçadores de meteoritos, entre eles um dos mais famosos do mundo, o norte-americano McCartney Taylor, que permaneceu na cidade por mais de 10 dias em busca de pedras do espaço. Assim como vieram centenas de outros.(FOTO)

A maior pedra foi comprada pela Prefeitura, que diz tê-la guardado em um banco

Em Varre-Sai, a maior pedra foi encontrada por seu Germano. Na época, muita gente ofereceu rios de dinheiro pela pedra de 600 gramas, mas houve um movimento na cidade e a Prefeitura acabou comprando. Hoje a Prefeitura afirma que a pedra está no cofre de um banco e exibe apenas uma réplica. Não se sabe em qual cidade nem em qual banco a pedra está.

Na época, a Polícia Federal prendeu um casal de bolivianos tentando embarcar no Galeão com pedras de Varre-Sai

Nessa época, um casal de bolivianos – caçadores de meteoritos – que estava em Varre-Sai foi preso no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, quando tentava embarcar com duas pedras que compraram em Varre-Sai. A prisão foi feita por agentes da Polícia Federal após uma denúncia anônima. Também não se sabe onde estão essas pedras que iriam sair do país.

Outro caso aconteceu em 2017 em um distrito da cidade de Cambuci

O professor Marcelo de Oliveira Souza lembrou que em 2017 ocorreu um evento parecido no distrito de São José do Paraíso, em Cambuci. Todos viram uma luz forte no céu, seguida de explosão e tremor de terra. A cidade de Cambuci também acabou sendo invadida por cientistas e até caçadores de meteoritos, mas não consta que alguma pedra tenha sido encontrada. Um grupo de cientistas se reuniu na cidade para investigar o fenômeno.

Pesquisador da UFF também investiga o caso recente e quer mais relatos

Voltando ao caso mais recente, o da última terça-feira, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Tibério Borges, disse que as pessoas dessas cidades onde o estrondo foi ouvido, devem relatar pormenores, ou seja, mínimos detalhes, admitindo que o assunto deve ser investigado. Existe a hipótese provável de que um meteorito tenha na atmosfera rompido a barreira do som, provocando o estrondo sem necessariamente ter caído na terra.

Clube de Astronomia divulga e-mail para que moradores façam seus relatos

Para que esse caso de agora seja investigado com detalhes, os cientistas precisam de mais relatos. O professor Marcelo de Oliveira Souza disse que já recebeu alguns áudios de pessoas dessas cidades narrando o caso, mas ele quer reunir o maior número de depoimentos possíveis. As pessoas podem fazer seus relatos através do e-mail clubedeastronomia@gmail.com.

Notícias sobre novos portos em Maricá e Macaé não mexem com o Açu

Começam a pipocar notícias de que um grande terminal portuário começará a ser construído em Ponta Negra, na cidade de Maricá, e um outro em Macaé. Os projetos realmente existem há mais de uma década, mas estavam em banho-maria. Agora não se fala em outra coisa no mundo dos negócios das duas cidades. Enquanto isso, o Açu vai bombando.

Coordenador do Sebrae anuncia novo espaço para ser sede do órgão em Campos

O novo coordenador regional do Sebrae em Campos, Guilherme Rocha, anunciou que a sede de atendimento do órgão em Campos vai mudar de endereço. Sairá na avenida Alberto Torres, no Centro, passando a ocupar a sobreloja do edifício Predial, no Calçadão. Na semana passada, ele visitou a sede do Terceira Via.

Carros novos na Guarda Civil Municipal de Campos

A Guarda Civil Municipal de Campos vai ganhar 12 novas viaturas, sendo 10 veículos Sedan e duas caminhonetes. Uma empresa ganhou o processo de licitação oferecendo os veículos – que são de fabricação nacional – por quase R$ 2 milhões. Em breve a guarda estará circulando de carros novos pelas ruas da cidade.

UHE Itaocara não vai existir

Apesar dos investimentos milionários e dos impactos sociais gerados com a remoção de famílias de áreas consideradas de interesse público, não vai mais sair do papel a Usina Hidrelétrica Itaocara, no Noroeste Fluminense, projetada para gerar 150 MW de energia por meio da ação combinada da vazão natural do Rio Paraíba do Sul com os desníveis de relevo da região. Esta quantidade abasteceria uma cidade com até 200 mil habitantes. As empresas Light e Cemig eram responsáveis pelo projeto em contrato com a União por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Do investimento total de 1,4 bilhão estimado para o projeto, já tinham sido viabilizados R$ 86 milhões para a construção, que acabou na Justiça. Depois de idas e vindas, o empreendimento está no fim de um processo de interrupção definitiva.