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Enchente: previsão de chuva fraca a moderada reduz preocupação da Defesa Civil no estado do Rio de Janeiro

Número de desalojados passa de 7,8 mil, informa Defesa Civil Estadual

Geral
Por Redação
13 de janeiro de 2022 - 19h31
Enchente em São João da Barra – Foto: Silvana Rust


O Rio de Janeiro tem, na tarde desta quinta-feira (13), previsão de chuvas fracas a moderadas em todas as regiões, e deve diminuir a força dos temporais que castigam o estado há quase uma semana, especialmente as regiões norte e noroeste.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio (Sedec-RJ), todas as regiões registram áreas de inundação, deslizamentos, alagamentos ou quedas de árvore. O estado tem 7.788 desalojados e 735 desabrigados.

Desde sábado (8), o Corpo de Bombeiros fez mais de 400 atendimentos relacionados às chuvas, mas, até o momento, não há registro de mortes. De acordo com a Sedec, 13 municípios decretaram situação de emergência: Carmo, São João da Barra, Paraíba do Sul, Santa Maria Madalena, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Natividade, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Itaocara, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé e São Francisco do Itabapoana.

São João da Barra e Campos
Em São João da Barra, no norte estado, a BR-356 foi interditada após o rompimento de um dique, o que fez com que as águas do Rio Paraíba do Sul invadissem a rodovia, perto do distrito de Barcelos. Segundo o governo estadual, sete pontes ficaram comprometidas e foi necessário maquinário específico para fechar o buraco.

A prefeitura divulgou hoje duas rotas alternativas de acesso ao município: “entrar em Barcelos, seguir por Campo Novo, Venda Nova e Beira do Taí, passando por Pipeiras, Palacete, Vila da Terra e retornando a BR-356 no trevo de Caetá. Outra opção é seguir pela RJ-216, no sentido Baixada Campista até Mussurepe, passar por São Bento, Cazumbá e Sabonete”.

Nesta quinta-feira, foi proibido o tráfego de ônibus, micro-ônibus, carretas, caminhões-betoneiras e veículos de carga nas estradas vicinais do município. A exceção é para veículos pesados que atendem serviços públicos essenciais, transportam combustíveis, gêneros alimentícios e medicamentos e ônibus exclusivamente para transporte público de passageiros.

Em visita ao município, o governador Cláudio Castro anunciou a liberação de R$ 20 milhões para obras de reparo nos locais atingidos pelas chuvas. Castro disse que, desde dezembro, as cidades mais afetadas recebem apoio do Comitê das Chuvas e do Programa Pacto RJ, que prevê a reforma das estradas estaduais. O desassoreamento de rios em 2021, feito pela Secretaria Estadual do Ambiente, recebeu R$ 200 milhões, e mais R$ 50 milhões estão sendo aplicados em contenção de encostas.

O nível do Rio Paraíba do Sul, que tinha atingido 7 metros (m) na noite passada, recuou para 6,95 m na manhã desta quinta-feira. A cota de transbordo na cidade é de 8 m. Com o objetivo de definir as ações que precisam ser adotadas, quatro secretários acompanharam o governador na visita a São João da Barra.

Em Campos, também no norte fluminense, diminuiu o nível do Paraíba do Sul, que estava acima da cota de transbordo e, com isso, diminuíram as preocupações com alagamentos. A BR-356 está com um trecho interditado no distrito de Três Vendas, onde uma manilha que passa por baixo da rodovia rompeu-se com a força do Rio Muriaé. Estão sendo feitos reparos no local, onde foi preciso construir uma barreira para desviar a água do rio.

Região serrana
O município de Teresópolis, na região serrana, permanece em estágio de atenção por causa dos acumulados e da previsão de continuidade de chuva fraca a moderada ao longo do dia.

Em decorrência dos altos índices acumulados para 30 dias e do grande volume de chuva que caiu na cidade até esta madrugada, o Centro de Monitoramento e Comunicação da Defesa Civil Municipal acionou preventivamente as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme com a mensagem de mobilização, enquanto as agentes da Defesa Civil percorriam os bairros para avaliar a situação.

Em Petrópolis, também na região serrana, já choveu mais do que o previsto para todo o mês de janeiro. Embora tenha diminuído a intensidade, a chuva ainda causa preocupação por causa do acumulado. A previsão para o mês era 300 milímetros (mm), mas, em 12 dias, choveu 449 mm. A Defesa Civil está em alerta.

Agência Brasil