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2021 – Uma odisseia para ser esquecida

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Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
30 de dezembro de 2021 - 16h02
(Foto: Divulgação)

O Brasil poderia ter pulado o ano de 2021 que não faria nenhuma falta. Ao contrário, seria saltar sobre eventos os mais perturbadores e abrir a janela para o Ano Novo sem o peso de tantos desenganos, traumas, tragédias e da pandemia que atingiu o ápice e tirou mais de 618 mil vidas. 

Um ano em que a economia cambaleou entre a estagnação e a recessão, a pobreza passou à miséria, a miséria prosseguiu como miséria e o povo viu aumentar o abismo entre tão poucos com tanto e tantos com tão pouco. 

No ano que ora se despede, a política deu o seu pior. Numa irresponsável antecipação do processo eleitoral, a classe política fez o que melhor sabe fazer: cuidou de seus interesses, de seus projetos eleitorais e de suas “carreiras”. 

Olhou para os respectivos umbigos e jogou para escanteio a maior crise sanitária e humanitária dos últimos 100 anos. Evidente, vimos exceções nesse pântano – mas tanto honrosas quanto raras. 

Como curiosidade, nem para fazer errado eles acertam. A antecipação foi apenas tóxica e estéril. Inútil, tendo em vista que o “debate” não levou a lugar algum. Mais de 10 nomes foram cogitados para a terceira via, nenhum se robusteceu e a fragmentação só fez oxigenar os dois candidatos que eram e seguem como favoritos. 

Como conforto, a queda substancial dos óbitos por Covid, sinalizando o fim da pandemia. Mas é necessário manter os cuidados e torcer para que a misteriosa Ômicron, sobre a qual a cada semana se diz uma coisa diferente, não faça recrudescer a doença.