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Desfile de pacientes oncológicas do Dr. Beda exalta alegria e força neste outubro rosa

Campanha tem o objetivo de conscientizar ao autocuidado e auxiliar na autoestima das pacientes

Geral
Por Gabriela Lessa
6 de outubro de 2021 - 22h16
Pacientes oncológicas do Hospital Dr. Beda (Foto: Carlos Grevi)

Desfile de pacientes oncológicas do Hospital Dr. Beda mostrou exemplos de superação, exaltando a alegria e força neste outubro rosa. O evento foi realizado nesta quarta-feira (6), na Femac Móveis, em Campos dos Goytacazes, com transmissão ao online. A campanha tem o objetivo de conscientizar sobre a importância do autocuidado, do autoexame nas mamas e auxiliar na autoestima das pacientes.

O evento contou com a presença de 6 pacientes oncológicas, que fizeram parte do desfile, representando muitas outras mulheres que vivem a mesma realidade. Segundo a gerente da Oncologia do Hospital, Viviane Vieira, ela ficou encantada com a alegria dessas mulheres. “No momento em que se maquiavam, me chamou a atenção para o semblante, os olhos brilhando, se vendo bonita, arrumada, maquiada, com o significado de ‘estou aqui, estou lutando, estou viva e vou vencer’”, desabafa.

A Karine Marinho tem 31 anos, 2 filhos e foi diagnosticada com câncer de mama em fevereiro de 2021 e terminou a quimioterapia em julho. Ela conta que foi difícil receber a notícia, mas iniciou o tratamento logo que descobriu a doença. O apoio da equipe médica foi muito importante nesse momento, mostrando que o tratamento seria para a melhora dela. “Eu venho agradecendo muito a Deus e feliz por ter descoberto recente. O autocuidado é muito importante, se olhar, se analisar. Todas tem que ter o mesmo cuidado. Idade não quer dizer nada, pois o câncer não escolhe idade. Quanto mais cedo a descoberta, melhor.”, disse Karine.

Já a Raquel Guedes, teve dificuldades em realizar seus exames, devido ao período de pandemia, apesar de já ter suspeitas. Foi quando encontrou um nódulo na axila e, em novembro de 2020, recebeu o diagnóstico para o câncer de mama. Iniciou o tratamento com quimioterapia em março de 2021 e fez 8 sessões, mas não se permitiu desestabilizar. “Nunca me deixei abalar pela doença. Todo mundo tem os seus problemas, então eu nunca vou achar que o meu problema é maior que o de ninguém. Então eu vejo a minha força e fé vindas de Deus. A cada diagnóstico eu vejo a necessidade de cuidar e tratar. E seguir em frente”, conta Raquel.

Mastologista Maria Nagime e pacientes. (Foto: Carlos Grevi)

De acordo com a mastologista Maria Nagime, é muito importante a realização de exames e mamografia de forma periódica, para poder identificar tumores numa fase inicial. Além disso, o apoio e auxilio de família e equipe médica faz toda a diferença na trajetória de uma paciente oncológica. “A campanha do Beda foca muito na autoestima das pacientes, que, nesse momento difícil de tratamento, acabam precisando um pouquinho de alento com essas questões de autoimagem. A gente tenta usar esse mês de outubro, que é um mês de conscientização, pra poder colocar isso a tona, para as pacientes estarem reestruturando a questão da autoestima”, disse.

A campanha busca auxiliar na autoestima, na valorização e feminilidade da mulher. Segundo a Viviane Vieira, a notícia e o tratamento causam muitos impactos na vida de uma mulher, devido a tabus gerados com os anos. E a primeira reação é a de negação. “Devemos propagar a campanha, falar dessa questão, para que as mulheres, desde mais novas, possam fazer a detecção precoce. Sendo detectado precocemente, 95% dos casos tem cura”, expõe.

O Hospital Dr. Beda conta com uma equipe multidisciplinar, que tem papel importante nessa trajetória, explica Viviane. “A equipe é extremamente, capacitada, competente e acolhedora. Quando a mulher recebe o diagnóstico, ela não saber o que fazer ou como prosseguir, e é onde entra toda essa equipe, todos nossos pacientes passam pelo serviço social e pela psicologia. Nenhuma inicia tratamento sem esse apoio e acolhimento”, diz.

Segundo a Dra. Maria Nagime, os estudos sobre o câncer de mama evoluíram bastante nos últimos 10 anos. “Antigamente o câncer de mama era tido como sinônimo morte, mas nunca se estudou tanto sobre alguma coisa, como câncer de mama, nos últimos 10 anos. Isso trouxe várias alternativas de tratamento. Então ter câncer de mama hoje em dia não é sinônimo de morte e nem de mutilação”, disse.