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Christino Áureo acredita que Promar dará novos rumos à Bacia de Campos

Deputado afirma que programa trará forte retorno para a economia fluminense

Economia
Por ASCOM
24 de setembro de 2021 - 11h43
Bacia de Campos (Foto: Petrobras/Divulgação)

O Brasil é, hoje, o 7º maior produtor de petróleo do mundo e vem atingindo recorde de exportação. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o país exportou 1,4 milhão de barris por dia em 2020. Embora haja o aumento na produção, com 2,9 milhões de barris diários, verifica-se, nas últimas décadas, a queda acentuada na produção da Bacia de Campos.

Com o Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), o Ministério de Minas e Energia visa melhorar o aproveitamento dos recursos petrolíferos nacionais, o que vem gerando expectativas no setor.

O Promar também tem como objetivo ampliar o pagamento das participações governamentais e da indústria de bens e serviços voltados para a exploração e produção de petróleo e gás natural em áreas marítimas.

O presidente da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Sustentável do Petróleo e Energias Renováveis (FREPER), deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), acredita no impacto positivo do Promar na economia fluminense.

– Esperamos que, com a flexibilização da incidência de royalties sobre os campos maduros, possamos aumentar a arrecadação das participações governamentais, ao mesmo tempo em que retornamos aos municípios um grande percentual dos empregos que já tivemos no passado – afirma o deputado. 

O Promar gerou a expectativa do aumento da produtividade e a extensão da vida útil dos campos maduros, fomentando a instalação de novas empresas e investimentos no setor.

– Precisamos demonstrar a capacidade do Estado do Rio de atrair investimentos, principalmente no Norte Fluminense, onde cidades como Campos e Macaé terão a economia diretamente impactada pelo programa. E discutir o marco regulatório, junto à Câmara e Senado, oferecendo melhores condições para as empresas interessadas em investir. É necessário trabalharmos em conjunto para darmos um importante passo para toda a sociedade civil, não somente da região produtora, mas para beneficiar todo o Estado – ressalta Christino.

Produção na Bacia de Campos

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, litoral do RJ. (Foto: Bruno Domingos/Reuters)

Com mais de 40 anos de operação, a Bacia de Campos atingiu seu máximo de produtividade em 2009, chegando a ser responsável por 85% da produção nacional.

Com a descoberta do pré-sal, em 2007 e 2008, ocorreu um declínio da produção e, hoje, a mesma Bacia de Campos produz 22% do petróleo nacional, enquanto o pré-sal da Bacia de Santos tem 72% da produção total.

A grande discussão é: como revitalizar a Bacia de Campos para voltar a gerar aumento da produtividade, a extensão da vida útil dos campos e o aumento do fator de recuperação?

“A revitalização é possível e interessante. A infraestrutura está montada: foi descoberta a Bacia, explorada, todos os equipamentos estão disponíveis, só que é preciso entrar com novas tecnologias, novos investimentos, para que realmente você possa revitalizar. Um poço de petróleo tem o histórico de recuperação. No caso da Bacia de Campos, o fator médio de recuperação é em torno de 14% (você retira 14% do que tem lá). No Mar do Norte, esse fator de recuperação é de 45%. Podemos avançar um pouco mais ainda, mas, para isso, são necessários novos investimentos”, lembra o economista, pós-doutorado em Economia, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Alcimar das Chagas Ribeiro.

De acordo com o professor, com o ingresso de novas empresas, com novas tecnologias, seria possível a Bacia de Campos voltar às condições de 2014, antes da crise do petróleo.

“Poderíamos chegar a 25% ou dobrar esse número de fator de recuperação. Voltar com a atividade petrolífera, nas condições que tínhamos antes de 2014, na Bacia de Campos. É o que todo mundo quer, o ambiente melhor que se espera. São necessárias muitas mudanças, principalmente no campo do marco regulatório, para que essas empresas possam investir e usar essa nova tecnologia de maneira a fazer com que essa Bacia volte a gerar emprego e royalties no Estado”, destaca Ribeiro.