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Cláudio Andrade – O passaporte da vacina!

Cláudio Andrade - Cronista, advogado e professor universitário

Artigo
Por Redação
20 de setembro de 2021 - 9h03
(Foto: Tony Winston/MS)

Polêmica desnecessária acontecendo em relação à obrigatoriedade da apresentação do comprovante da vacina contra a Covid-19 para entrada em estabelecimentos públicos e privados em vários Municípios.

Desde já, precisamos lembrar que os cardiopatas, portadores de oncologia, diabetes, AVC, derrame, paraplegias, dentre outras enfermidades, não transmitem suas doenças a ninguém. Podem adquiri-las por questões hereditárias, mas nunca são transmissores.

Já os que não se vacinam contra a Covid-19, sim, podem adoecer da forma mais grave, inflar UTIs e contaminar uma academia inteira ou devastar um setor de trabalho de uma empresa, por exemplo!

Mesmo assim, há pessoas que não querem se vacinar, e nesse grupo não há seletividade. Há médicos, dentistas, professores, advogados, lavadores de carro, balconistas, empresários, serventuários, dentre outros, que consideram os imunizantes contra o coronavírus ineficazes!

A campanha contra o passaporte é feita, em grande parte, por aqueles que querem destruir ou negar os resultados favoráveis da campanha vacinal, que vem salvando vidas, em que pese, termos mais de quinhentas e sessenta mil mortes.

Contra o passaporte se encontram, na maioria, os mesmos que dizem que a vacina causa infertilidade, que contém o vírus da AIDS embutido, que não possui eficácia comprovada, enfim, todas as desculpas absurdas e irresponsáveis que se possa imaginar.

O passaporte vacinal não veio acabar com nenhuma liberdade individual. Isso é balela! Estamos vivendo um momento de luta coletiva pela vida e isso precisa ser fortalecido.

O passaporte visa conter uma libertinagem coletiva patrocinada, propositalmente, por grupos que são contrários às vacinas, mesmo que a sua família esteja em risco. Alguns pais, inclusive, transferem para seus filhos essa perigosa linha de raciocínio.

O Brasil já registrou mais de 1.600 mortes de adolescentes e crianças desde início da pandemia. A variante Delta vem contaminando menores de idade e uma orientação negacionista de um pai pode ser fatal.

A vacina não é um ato médico, nem um tratamento de enfermidade, mas um ato antecedente à doença, para evitá-la, ação sanitária prioritária na atenção à saúde, conforme inciso II do artigo 198 da Constituição. Quem prega o contrário está engrossando o rol dos incrédulos e contrários à ciência.

Vacina contra o coronavírus, em minha opinião, deveria ser obrigatória. Quem pensa diferente não está do lado da vida, e sim ao lado do egoísmo inconcebível que também causa muitas mortes!

Empatia sempre!

Vacina já!