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Sequelas na Educação

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Opinião
Por Editorial
30 de agosto de 2021 - 0h01

A pior das sequelas que a pandemia deixará não só para Campos, mas para todo o país, quando tudo passar, não estará em enfermarias ou UTIs, e sim nas salas de aula. Com dois anos letivos praticamente perdidos, afetando principalmente os alunos de escolas públicas, a Educação vai ter que correr atrás de um prejuízo que não pode ser calculado por mais que o professor de matemática seja genial.
A jornalista Girlane Rodrigues, que assina a reportagem especial desta edição, apurou que em Campos, a cidade mais populosa do interior do Rio de Janeiro, dos mais de 50 mil estudantes matriculados na Rede Municipal, 8,45% estavam fora das salas de aula no ano de 2020. O número representa 4.424 estudantes e é maior que a taxa de evasão escolar registrada no ano anterior, que foi 3,87%, equivalente a 2.005 estudantes.


O sistema híbrido adotado esse ano, com parte dos alunos frequentando o espaço físico das escolas e outra buscando aprendizado pela Internet, é a ferramenta possível. Porém, por mais que esse esforço seja válido, a pandemia abriu uma lacuna no aprendizado fundamental das crianças e já se identifica uma literal evasão escolar como mostra a reportagem.
Estuda-se uma operação de guerra para resolver essa grave situação. A adoção do ensino em tempo integral poderia ser uma das soluções, mas economicamente é inviável segundo os gestores públicos. Assim como a matemática não consegue estimar os prejuízos, não existe uma palavra em Português que possa ser dita em alto e bom som, definindo a solução.
Quando o normal for possível, os governos municipais deverão fazer o impossível para recuperar esse tempo perdido. O prejuízo é nítido e será sentido mais à frente. Então, teremos que ser tudo e todos pela Educação.