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Interpol procura mulher de Glaidson, acusados de esquema ilegal de bitcoins e pirâmide financeira

Mirelis Zerpa é apontada como sócia em esquema de fraude ao sistema financeiro nacional e outros crimes

Estado do RJ
Por Redação
30 de agosto de 2021 - 7h57
Glaidson Acácio e Mirelis Zerpa (Reprodução)

A Interpol procura a venezuelana Mirelis Zerpa, de 38 anos. Ela é suspeita de, junto com o marido Glaidson Acácio dos Santos, chefiar um esquema de fraude ao sistema financeiro nacional se utilizando de aplicação em criptomoedas sem possuir autorização para isso.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam Mirelis ainda por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Na quarta-feira (25), Glaidson foi preso pela PF em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Na segunda (23), Mirelis fugiu para Miami. De acordo com investigações, ela entrou nos Estados Unidos com visto de estudante. Seu nome está na difusão vermelha da Interpol como foragida.

Casada com Glaidson, Mirelis é vista em vídeos dançando e sorridente. Em um de seus aniversários, ela ganhou um carro importado do marido.

As investigações da PF mostram que ela é sócia em duas empresas de Glaidson.

De acordo com as investigações, pelas contas bancárias de uma das empresas e de Glaidson foram movimentados R$ 38,2 bilhões, 44% disso nos últimos 12 meses. Ou seja, algo em torno de R$ 16 bilhões em um ano.

A PF aponta Mirelis como atuante na organização junto a Glaidson:

“Principais mentores e líderes do esquema criminoso sob investigação”, afirma relatório da PF. O casal movimenta, segundo as investigações, bilhões no sistema financeiro oficial como também no mercado de criptoativos.

A polícia descobriu que Mirelis emitiu ordens para compra e venda de bitcoins com uma corretora autorizada, o que, para policiais e procuradores, mostra que ela atuava de maneira ativa no sistema.

As empresas do casal também aparecem nas investigações como suspeitas de sonegação fiscal. De acordo com a Receita Federal, a GAS pagou R$ 587,9 mil em impostos apesar de ter registrado uma movimentação de R$ 2 milhões.

A Receita Federal entendeu que isso indica um ato irregular:

“Há uma incompatibilidade entre a movimentação financeira e o valor arrecadado de tributos pela GAS”, afirma relatório da Receita

Fonte: G1