A Prefeitura de Campos dos Goytacazes enviou à Câmara Municipal Projeto de Lei para que seja autorizada a venda de imóveis que estão inutilizados pelo poder público, e, desta forma, causando algum prejuízo ao erário. Os vereadores aprovaram na última sessão o texto enviado pelo Executivo. Em princípio, quatro propriedades estão previstas para serem vendidas. A maior delas é a Fazenda Pedra Lisa, na região de Morro do Coco e Santo Eduardo, adquirida na gestão de Rosinha Garotinho para fins de recuperação de pessoas com dependência química.
De acordo com nota da Prefeitura de Campos, deverão ser vendidos também o imóvel localizado na Avenida Salo Brand (antiga Avenida Tancredo Neves e Rua Maria José Lima Barbosa; imóvel localizado na Rua Romeu Casarsa; e o móvel localizado na Rua Av. Doutor Beda, esquina com a Av. Arthur Bernardes.
“Com o objetivo de otimizar custos com prédios que não estão sendo utilizados, sendo alvo de depredação e onerando o município, o Projeto de Lei foi encaminhado à Câmara para que seja apreciado e autorizada a venda. Os recursos serão utilizados para a recuperação de prédios próprios em uso e aquisição de novos veículos para atendimento aos diversos órgãos da prefeitura, já que a frota existente encontra-se sucateada”, disse a nota.
A reportagem do Terceira Via perguntou à Prefeitura de Campos sobre os valores estimados dos imóveis; se a venda se dará por meio de leilão ou de outro modo; além do tempo previsto para os bens públicos serem negociados. Entretanto, não houve respostas sobre os questionamentos.
Em 26 de agosto de 2019, o Jornal Terceira Via publicou reportagem sobre situação da propriedade Fazenda Pedra Lisa, localizada entre os distritos de Morro do Coco e Santo Eduardo, região norte de Campos dos Goytacazes (clique aqui).
Por vários anos a propriedade abrigou um hotel-fazenda. Em 2012, o imóvel foi desapropriado pela Prefeitura, na gestão de Rosinha Garotinho, e transformado em clínica de recuperação para dependentes químicos. A instituição funcionou por três anos. Em 2015, devido à crise econômica, fechou as portas. Desde então, a área de sete alqueires está abandonada pelo poder público. A estrutura está tomada por cupins e mosquitos, sem vigilância, e totalmente inutilizada.