Assim que chegou à Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campos dos Goytacazes, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi recebido por dezenas de manifestantes do Movimento de Ocupação Urbana Novo Horizonte. Ele e o prefeito Wladimir Garotinho (PSD) receberam um pedido dos ativistas para o problema de moradia que afeta mais de duas mil pessoas, no Parque Aeroporto, em Guarus;
Os manifestantes conseguiram assinaturas dos dois gestores públicos em uma carta de compromisso para que seja instalada uma mesa de negociação já para solucionar o problema de moradia na cidade de Campos dos Goytacazes. O ato contou com apoio de sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos de esquerda.
“A primeira batalha foi exitosa: assinada a carta. Ou dançamos todos ou não tem baile”, mencionou a professora Odisséia Carvalho, coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação e presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores.
A socióloga Luciane Silva, professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense e integrante do movimento em defesa de moradias de Campos, considerou um passo importante contar com a assinatura de Wladimir Garotinho e Cláudio Castro para discutirem a situação atual.
“Vitória definitiva da Novo Horizonte hoje, que consegue abrir uma mesa de negociação junto ao prefeito e junto ao governador, para as mais de 700 famílias que estão ocupando casas no Parque Aeroporto há mais de quatro meses. É uma conquista importantíssima da luta pelo direito à moradia”, afirmou.
O governador Cláudio Castro foi recebido por outros manifestantes na Praça São Salvador, antes de entrar na Catedral Diocesana para uma missa em celebração ao padroeiro de Campos. Funcionários da Usina Nova Canabrava, além de agricultores e empresários do setor sucro alcooleiro deram apoio ao governo estadual e ao secretário de Governo, Rodrigo Bacellar. A Usina Nova Canabrava teve questões relacionadas a processos fiscais resolvidos pelo Estado. Sem isto, a empresa não poderia continuar funcionando, nem fornecer produtos.
