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Professores da Faetec realizam exposição sobre lixo eletrônico

Mostra pode ser conferida no Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro

Cultura
Por Redação
19 de julho de 2021 - 8h04
Lucimar Cunha e Paulo Igreja são professores da Faetec

O projeto de Metarreciclagem, desenvolvido com os alunos a partir do reaproveitamento de lixo eletrônico, ultrapassou os muros da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faeterj) em Petrópolis – unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) – e agora pode ser conferido na exposição “Territórios afetivos”. As obras do artista visual Cocco Barçante estão sendo exibidas no Centro Cultural dos Correios, no Centro do Rio. A exposição tem a curadoria da professora Lucimar Cunha e a coordenação pedagógica do professor Paulo Antônio Igreja, ambos da Faetec.

A coleção “Territórios afetivos” reúne peças que refletem a sensação de pertencimento das pessoas com os lugares onde residem e nasceram. O artista plástico Cocco Barçante explica que a instalação, composta por seis painéis, permeia os temas de expatriados e sua construção de laços.

“A exposição fala e retrata os sentimentos das pessoas em relação ao território onde nascem ou vivem, se sensibilizando inclusive com a questão dos refugiados no mundo. É uma ligação de afetividade com a cultura do país de origem”, ressalta o artista.

Das obras em exibição, destaque para o painel Diversidade Tech que contou com a participação dos alunos da Faeterj Petrópolis. A instalação traz o conceito de um Rio Inovador e que une o passado tradicional e o futuro tecnológico. É uma releitura da obra original do artista. A peça toda é feita com reaproveitamento de fios, tomadas e cabos de computadores. Além disso, conta com um sistema de robótica que permite interação a partir de movimentos empregados pelos visitantes. O mecanismo foi instalado pelo professor e coordenador do Laboratório de Robótica da Faeterj Petrópolis (Sir Lab), Alberto Angonese, e pelos alunos da unidade: Ícaro Teixeira, Maria Thereza Gall, Tamires Lira e Erick Araújo.

“Foram muitos os desafios para concretização desse trabalho. A exposição foi adiada por 10 meses em razão da pandemia, e tivemos que readaptar a produção e a dinâmica dos encontros com alunos por conta dos protocolos sanitários. Mas, sem dúvida, o apoio incondicional da Faetec, nesses tempos de dificuldades, foi determinante para manutenção do projeto e sua concretização neste momento”, garante Lucimar Cunha, diretora da Faeterj Petrópolis e curadora da exposição.

A coleção “Territórios afetivos” marca a consolidação do Projeto Metarreciclagem, criado na Faeterj Petrópolis, em 2014. O trabalho de arte educação, coordenado por Cocco Barçante, utiliza o conceito dos “3Rs” da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar. Os alunos criam peças de artes a partir da transformação de lixo tecnológico acumulado na unidade, utilizando fios, tomadas, luminárias, circuitos impressos, botões de teclados e demais objetos eletrônicos.

“Esse é o tipo de trabalho que vai muito além de desenvolver habilidades motoras na unidade de ensino. A experiência artística dá acesso a novas descobertas e ainda promove o papel social que todos nós precisamos cumprir na sociedade. O projeto proporciona aos estudantes uma visão mais aprofundada da cultura e da sustentabilidade por meio da arte”, enfatiza João Carrilho, presidente da Faetec.

Na organização e montagem de “Territórios afetivos”, alunos e profissionais da Faeterj Petrópolis tiveram um desafio ainda maior imposto pela pandemia.

“Foi um momento muito difícil. Mas a coleção nasce da união de esforços, talentos e pessoas que acreditam na superação e na resiliência humana. Artesãos, professores, designers gráficos e funcionários da unidade são os verdadeiros protagonistas dessa construção. Através da inovação, tecnologia e sustentabilidade, apresentamos na arte uma visão atual da sociedade, cidadania e responsabilidade social”, salienta Cocco Barçante.

A exposição pode ser visitada até 28 de agosto, de terça a sábado (de 12h as 19h), no Centro Cultural dos Correios. A entrada é gratuita e a mostra segue todos os protocolos de segurança sanitária previstos pelos órgãos responsáveis.

Fonte: Ascom/Governo RJ