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Por todas as vacinas

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Geral
Por Editorial
27 de junho de 2021 - 0h03
Foto: Silvana Rust

O Brasil sempre foi um exemplo para o mundo no que se refere a campanhas de vacinação. Essa excelência foi arranhada na vacinação contra a Covid-19 por falta de imunizantes para atender à demanda de um país de 215 milhões de habitantes.
Soma-se a isso o fato de que essas vacinas de uso emergencial e uma boa dose de desconfianças sobre elas fizeram brotar em uma pequena, mas expressiva, parte da população certo receio contra esse imunizante.
O fato deste grupo estar se recusando a tomar as vacinas disponíveis preocupa, pois, para enfrentar a pandemia, é preciso que pelo menos 80% da população seja vacinada. Todavia, esse não é o maior dos problemas em relação à vacinação.


Se estabeleceu certo negacionismo sobre todos os tipos de vacina, o que, até então, não era da cultura do brasileiro, ao contrário de outros povos como os próprios norte-americanos. Também boa parte deles se nega a tomar qualquer tipo de vacina.
Esse temor, e o foco exclusivo da vacinação da Covid, têm feito com que muitos, mesmo sem saber, se esquivem do calendário tradicional de vacinação contra outras doenças, como  sarampo, gripe e pólio, por exemplo.
Isso está preocupando os especialistas, já que essas outras doenças, com vacinas disponíveis, são severas e podem matar. Por esse motivo, todos devem tomar todas as vacinas. Caso contrário, a imunidade contra as outras doenças ficará comprometida.


A reportagem especial desta edição, elaborada pelas jornalistas Priscilla Alves e Girlane Rodrigues, coloca o dedo nesta ferida. Elas ouviram especialistas sobre os riscos de um quadro como este.
Esses especialistas afirmam que as vacinas contra outras doenças não podem ser esquecidas e alertam para as consequências do ato de não vacinar.
Tememos a Covid-19, mas temos que temer também as doenças que antes nos ameaçavam, e que foram controladas graças à vacinação. O Brasil e os brasileiros devem continuar sendo exemplos de como enfrentar problemas de saúde pública, em se tratando de vacinação, o que não está sendo feito no momento.