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Crimes no atacado e no varejo

Quem não foi vítima de uma ação criminosa, tem na família ou pelo menos conhece alguém que passou por esse drama

Opinião
Por Aloysio Balbi
20 de junho de 2021 - 0h01


Policiais militares em ocorrência de homicídio no Parque Santa Helena (Foto: Silvana Rust)

É triste, mas a exemplo da maioria das grandes cidades brasileiras, Campos, com meio milhão de habitantes, tem um cardápio farto de crimes, que vêm sendo praticados no atacado e no varejo, assustando a sociedade. Crimes que até pouco tempo não se imaginava alcançar a planície chegam com a violência e a rapidez de uma bala perdida.

A reportagem especial desta edição trata deste assunto: chacina de três jovens em Guarus; tentativas de homicídio como a do prefeito da Uenf, mortes por balas perdidas em Campos e São Francisco, apedrejamentos de veículos cometidos por traficantes na BR-101, no Parque Santa Helena, e muitos outros, levantados pelo jornalista Ocinei Trindade.

Apurou-se que, em 2020, na área do 8º Batalhão de Polícia Militar (Campos, São João da Barra, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana), aconteceram 155 homicídios. As tentativas de homicídio chegaram a 173, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Em 2021, há apenas relatórios disponibilizados de janeiro a abril. Foram 70 assassinatos.

Quem já não foi vítima de uma ação criminosa tem na família ou pelo menos conhece alguém que passou por esse drama, que deixa sequelas psicológicas. Estamos à beira de vivermos sob o domínio do medo. As experiências da área de segurança pública não surtem o efeito esperado.
Os crimes viralizaram e tomaram ar de epidemia, com suas diversas cepas em um quadro quase pandêmico.