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CNJ pune juiz, ex-titular da Vara Criminal de Campos por assédio moral e sexual

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Geral
Por Redação
16 de junho de 2021 - 15h07

Acusado de assédio sexual e moral nas comarcas de Miracema e Laje do Muriáe, o juiz Glicério de Angiólis Silva foi punido nesta terca-feira pelo Conselho Nacional de Justiça. Afastado cautelarmente do cargo em 2019, ele foi posto em disponibilidade remunerada, com valor proporcional ao tempo de serviço, por um ano.

O caso havia sido analisado e arquivado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e foi levado ao CNJ pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Rio. De acordo com o processo, o magistrado era alvo de 10 acusações, entre elas, falta de urbanidade com advogados e servidores, remoção irregular de servidores, além de assédio sexual contra duas estagiárias.

A conselheira Iracema do Vale, relatora da revisão disciplinar, votou tanto pela abertura do PAD quanto pelo afastamento do magistrado das atividades. De acordo com ela, “impõe-se o necessário aprofundamento das investigações” uma vez que há divergências entre a forma como o TJ-RJ descreveu a conduta do juiz, baseado em alguns depoimentos que afastam a irregularidade da atuação de Glicério, e a forma descrita pelas Corregedorias local e do CNJ.

“Inadmissível que um magistrado, investido regularmente de suas funções jurisdicionais, venha a portar-se de forma censurável, ainda mais em seu local de trabalho. Espera-se moderação, equilíbrio e sobriedade para a preservação da autoridade do cargo”, enfatizou a relatora.

Na apuração do processo feita pelo TJ-RJ, apesar de ter sido observada, pela Corregedoria local, a conduta irregular do juiz, o pedido de abertura de procedimento disciplinar foi arquivado pelo Órgão Especial por 14 votos a 10, sob o argumento de que as reclamações foram motivadas pelo eficiente trabalho promovido por ele em ambas as unidades judiciais. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro recorreu então ao CNJ, que determinou, em sessão virtual, em 2016, a instauração de revisão disciplinar contra Glicério de Angiólis Silva.

Fonte: Site Agenda do Poder