Alunos do Curso de Canto, Coral e Violão, da Casa de Convivência do Parque Tamandaré (antigo Clube da Terceira Idade), vão participar na próxima segunda-feira (14), às 18 h, do III Festival de Música da Maturidade – edição online, promovido pela Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
O festival vai acontecer pela primeira vez de forma online, sendo transmitido através da plataforma digital YouTube, pelo Canal Envelhecimento Ativo (AQUI). O professor de música Luiz Fernando Rocha explicou que 16 alunos, todos com idade acime de 60 anos, vão participar do festival. “Devido a pandemia, as aulas presenciais foram suspensas, no entanto, como o festival era um anseio dos alunos, resolvemos fazer online. Eles gravaram os vídeos em suas residências. Alguns tiveram inclusive participação de familiares tocando instrumento ou até mesmo gravando os vídeos”, adiantou.
Litelmar Nascimento da Silva, de 72 anos, relata que iniciou no curso em março de 2014. “Sempre desejei participar, aprender a tocar algum instrumento, mas devido ao trabalho extensivo, o meu desejo foi ficando de lado. Hoje me sinto muito feliz porque aprendi a tocar, e com um excelente professor, o que me envaidece bastante”.
Prestes a completar 66 anos, Joana Ferreira Ramos começou a frequentar o Clube da Terceira idade quando fez 60. “Participo de tudo. Comecei no coral com o professor Luiz Fernando já tem 5 anos. Sempre sonhei em tocar violão, mas nunca tive oportunidade. Estava passando uma fase muito difícil da minha vida, quando meus filhos e netas foram embora para fora do país. Fiquei muito triste e essas aulas me ajudaram muito. O professor Luiz Fernando não é só professor, ele é nosso amigo, é dedicado, carinhoso com seus alunos idosos, e isso me ajudou muito. Não vivo mais aquela depressão que vivia antes. Me sinto realizada”, desabafou.
Por trás de cada nota, há um depoimento onde as atividades oferecidas pela Casa de Convivência acabam por transformar a vida de cada aluno. Para Arlete dos Santos Gonçalves, 72 anos, o Festival de Música é mais um grande incentivo. “Meu marido, que faleceu em janeiro deste ano, vítima da Covid-19, me incentivou a participar. Ele sempre nos acompanhou nos eventos e gostava que eu tocasse e cantasse para ele todos os dias. Infelizmente não vai estar aqui para assistir ao festival. Há mais de 4 anos participo das aulas de violão, com esse professor que sempre teve muita paciência com todos nós”, contou.
