Terminou, há pouco, depois de quase quatro horas, uma reunião entre representantes de entidades de classe e o prefeito Wladimir Garotinho, na sede da Prefeitura de Campos. O encontro foi a pedido da sociedade organizada para travar um diálogo com o executivo para chegarem a um acordo sobre a proposta de alteração do Código Tributário de Campos que foi enviado à Câmara para votação no dia 25 de maio de 2021. Na ocasião, houve polêmica, bate-boca e discordância entre os vereadores da base de apoio do prefeito e os parlamentares contra o pacote de medidas com ajustes fiscais e o projeto de lei – enviado pelo executivo para votação em caráter de urgência – foi engavetado.
De acordo com Leonardo de Castro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (ACIC), o prefeito de Campos se comprometeu a reavaliar o projeto de lei e ouviu as ponderações dos empresários reunidos. “Nós, empresários, mantivemos nossa posição de não concordar com o aumento de impostos e o prefeito informou que vai rever alguns itens da lei, como ITBI e taxa de localização de imóveis, por exemplo”, afirmou Leonardo.
Ainda segundo Leonardo, uma próxima reunião ficou acordada para a próxima quinta-feira (10), a partir das 18h, quando estarão presentes, além dos representantes das entidades de classe, os vereadores Fred Machado, Bruno Vianna e Rafael Thuin, que teriam sido os primeiros a se recusarem a votar o projeto de lei no dia 25. “O prefeito pediu aos empresários que apresentem alternativas para o novo quadro tributário, mas manteremos nossa posição de não aceitar reajustes”, reiterou Leonardo.
Além da Acic, participaram do encontro representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa), Sindicato dos Ceramistas, Firjan e Sindivarejo.
Audiência na CDL– Na noite de segunda-feira (7), oito vereadores se reuniram com empresários no auditório da CDL para tratar sobre o mesmo assunto: discussão do novo código tributário. O presidente da CDL, José Francisco Rodrigues, disse que as entidades não vão aceitar nenhum tipo de reajuste de impostos, diante de um quatro caótico enfrentado pelos empresários, prestadores de serviços e população em geral, consequente da pandemia da Covid-19. (Veja aqui)
“Nosso poder de contribuição monetária acabou. Não temos como pagar mais impostos. Estamos fazendo tudo para manter os empregos das pessoas. Essa não é uma luta em torno dos interesses do empresariado de Campos, mas sim em favor de toda a sociedade, que não tem condições de arcar com nenhum tipo de reajuste, seja de que nível for”, disse José Francisco Rodrigues.
