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Um ano de saudade: Dom Américo ainda vive no coração dos seus fãs

No dia 25 de maio de 2020, partia o querido cantor campista Osvaldo Américo Ribeiro de Freitas

Cultura
Por Redação
26 de maio de 2021 - 12h26

No dia 25 de maio de 2020, Campos se despediu de um dos seus filhos mais ilustres. Na manhã daquela segunda-feira, Osvaldo Américo Ribeiro de Freitas partia deste mundo para brilhar no céu.

Com 50 anos de carreira e um amor declarado por Campos e região, Dom Américo não era apenas filho da planície Goitacá, mas admirado por milhares de pessoas que cantavam os seus sucessos em todo canto. A planície ficou pequena. Com o seu talento, ele foi parar em rede nacional, cantando sua música e encantando o país com a sua voz. No auge de sua carreira, chegou a cantar no Programa do Jô, na época transmitido pelo SBT.

Se engana quem pensa que Osvaldão sempre viveu da música. Antes de ser cantor, Dom Américo foi gerente do cemitério Campo da Paz e professor de música na Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, onde recebeu várias homenagens e, segundo funcionários que trabalhavam na escola na época, era muito querido, principalmente pelos alunos.

Dom Américo, seus quatro filhos e seus netos. Foto: Reprodução das Redes Sociais

Já se passou um ano desde sua partida. Mas, de acordo com seu filho, Apollo Ramidan, o legado e a bandeira de Dom Américo estão eternizados na memória e nos corações de todos os que um dia o conheceram.

“Há um ano meu pai completou seu ciclo aqui na terra. Me lembro do meu pai todos os dias e não podia ser diferente. Se eu pudesse vir ao mundo 200 vezes, as 200 eu iria querer vir como seu filho, por tudo que ele foi, é, e sempre será. Como disse ao Jornal Terceira Via uma vez, quero continuar até o final da minha vida levantando a bandeira Dom Américo por onde eu passar. Que nós, fãs, não deixemos a lenda chamada Dom Américo ser esquecida. Que a gente possa manter em nossa memória, em nossos corações, o espírito Dom Américo de ser”, declarou Apollo.

O artista afirmou que um dos seus planos e desejos pessoais é fazer um acervo público do seu pai. “Tenho tudo do meu pai. O piano, as roupas, os óculos, e quero fazer um acervo de todo esse material, para que as pessoas sempre se recordem dele. Meu maior desejo, é que esse acervo fique no Teatro Trianon, que é um lugar em que meu pai amava se apresentar e que com certeza é o maior símbolo cultural da região. Espero que quem não teve a oportunidade de conhecer em vida o Dom Américo, possa conhecer a história dele e se encantar como todos nós que o conhecemos, nos encantamos”, afirmou.

Dom Américo foi homenageado em várias cidades da região. Em São João da Barra, por exemplo, o trecho da BR-356 que fica entre a sede do município e a praia de Atafona, recebeu o nome de Osvaldo Américo Ribeiro de Freitas, por meio do projeto de lei nº 043/2020 do vereador Aluizio Siqueira. Em Quissamã, outro município querido por Dom Américo, uma das principais avenidas da cidade receberá o nome do cantor.

Orla Osvaldo Américo Ribeiro de Freitas, em Farol de São Thomé. Foto: Carlos Grevi

Em Campos, Osvaldão passou a nomear a platéia do Teatro Municipal Trianon e a orla da praia do Farol de São Thomé, além de ter recebido o prêmio Alberto Ribeiro Lamego, principal honraria do setor cultural de Campos.

“Para a nossa família, é motivo de muita emoção e de muita gratidão. Ver meu pai sendo homenageado dessa maneira, é muito gratificante, pois ele tem uma história especial com cada lugar dessa região. Ele é campista, começou a carreira em São João da Barra e sempre teve muito carinho por Quissamã. Agradeço a cada um desses municípios por nos ajudar a manter viva a memória Dom Américo”, enfatizou.