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Volta às aulas é cogitada para junho

Pandemia gera insegurança e exige vacinação de profissionais da Educação; situação é parecida em cidades vizinhas

Geral
Por Ocinei Trindade
17 de maio de 2021 - 0h01

A Prefeitura de Campos dos Goytacazes voltou a discutir com autoridades sanitárias e jurídicas sobre o retorno às aulas em sistema híbrido (presencial e remoto) para a partir de junho. No mês de março, havia a expectativa de retomada das aulas com medidas de segurança. Porém, o sistema de saúde entrou em colapso e o município adotou a bandeira vermelha na pandemia. Cidades da região vivem o mesmo dilema sobre o retorno às atividades escolares. Professores alegam que só voltam com vacinação. Em Campos, há projeto de imunizar prioritariamente os profissionais de educação.

A promotora de Justiça, Anik Rebello, disse que a Secretaria de Educação “deve indicar o rol das escolas que retornarão na primeira etapa, data ou período previsto para o início da vacinação dos profissionais da educação, e para implantação do plano  de retorno híbrido dos alunos à escola”. Na última sexta-feira (14), o governo municipal alegou que a condição para iniciar o ensino híbrido é vacinar um grupo mínimo de profissionais de educação previamente imunizados.  A proposta é que comece pela educação infantil. Na medida em que as vacinas forem disponibilizadas para os profissionais da educação, novas turmas de ensino híbrido poderão ser formadas, avançando para todo o ensino fundamental.

“Ainda não sabemos quando a imunização dos professores vai começar. Esperamos que o município receba mais doses e que os nossos servidores (desde o porteiro, passando pelo pessoal de apoio, até os professores e auxiliares de turma) possam ser imunizados o mais rápido possível”, disse o secretário de Educação, Marcelo Feres.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, disse que município mantém diálogo com o Ministério Público para o início da vacinação desses servidores. “Não temos dúvidas de que qualquer ação que vise o retorno às aulas é mais segura com a vacinação desses profissionais. O protocolo elaborado pela Seduct é extremamente organizado e um marco para as nossas ações”.

Representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) descarta a possibilidade de retorno às aulas sem vacinar os trabalhadores das escolas. “Temos casos de servidores que se contaminaram com a Covid-19 durante expediente interno nas escolas. Algumas mortes aconteceram. Temos cerca de 16 mil profissionais da educação em Campos. A bandeira laranja ainda sinaliza para gravidade da pandemia”, disse a diretora Graciete Nunes.

 Em março, o retorno às aulas de modo híbrido aconteceria no dia 8. Dias depois, Campos adotou a bandeira vermelha devido à explosão de casos da doença. Na ocasião, eram 21.643 registros de Covid-19, com 764 mortes. No último dia 12, Campos contava com 29.598 confirmações de contaminados e o total de 1.207 óbitos.

“A mudança no cenário epidemiológico ocorrido em março demandou a alteração do protocolo, até que o cenário assuma condição propícia. Diante da constatação pela área de saúde de que a variante atual do vírus é mais contagiosa e agressiva, tornou-se necessário considerar a imunização prévia dos profissionais. Importa salientar que as escolas ficaram paradas durante todo o ano de 2020 e, praticamente, não receberam manutenção. A nova gestão da secretaria usou esse primeiro quadrimestre sem aulas presenciais para levantar as necessidades das escolas e tomar as providências necessárias”, comentou Marcelo.

São João da Barra

O ano letivo em São João da Barra prossegue no sistema não presencial para os 8.500 alunos em 38 unidades escolares. As aulas acontecem de forma online, por meio da plataforma pedagógica. Ainda não há uma previsão quanto ao retorno às aulas presenciais, já que o município cumpre uma série de medidas de prevenção ao novo coronavírus.

São Francisco de Itabapoana

O Município opera na modalidade remota, com uso de apostilas, participação dos educadores em videoaulas e mensagens em grupo de WhatsApp. As unidades funcionam com carga horária reduzida e rodízio de funcionários. São 8.803 alunos na rede municipal. A Secretaria de Educação desenvolve as atividades de acordo com orientações de resoluções e decretos de autoridades superiores.

Quissamã

A Prefeitura segue o formato de ensino remoto, interação e mediação das aulas por meio de aplicativos no celular para os mais de quatro mil alunos. Ao final de cada bimestre, ocorre uma avaliação presencial dos alunos do 4º ao 9º ano do ensino fundamental e EJA nas unidades escolares, seguindo todo protocolo de segurança da pandemia. O Comitê para Políticas de Enfrentamento e Impactos da Pandemia da Covid-19 vem analisando o assunto, mas ainda não há uma previsão exata para o retorno das aulas presenciais, dependendo da autorização da Vigilância Sanitária.

Macaé

O Governo Municipal está definindo regras de volta às aulas nas redes privada e pública;  deve ser gradual  e  por segmento de ensino. O cronograma é tratado por uma comissão específica visa  atender aos estudantes com as medidas de segurança da saúde  e cumprimento  dos protocolos  sanitários. Atualmente, as escolas particulares e públicas seguem o sistema remoto. O objetivo da rede municipal é reforçar a aproximação entre os profissionais da educação e a comunidade escolar e assegurar  a permanência do aluno na escola.  Na educação à distância, as unidades usam o Google e redes sociais digitais.