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Brasil pode chegar a 90 milhões de vacinados até o final de junho

Para atingir a meta será preciso aplicar 1 milhão de doses por dia – cerca do dobro do que está sendo ministrado hoje

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
1 de maio de 2021 - 10h15
(Foto: Agência Brasil)

Apesar dos atrasos nas remessas e de muitos municípios terem sido obrigados a interromper a vacinação, o Brasil está perto de chegar aos 32 milhões de pessoas que já receberam a 1ª dose, número que corresponde a mais de 15% da população.

Lembrando que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o País tem condições estruturais de aplicar 2,4 milhões de doses por dia – evidente que se referindo à primeira e segunda doses juntas – uma projeção de otimismo não exagerado indica ser possível chegar a 60 milhões até o final de maio e 90 milhões até o fim de junho.

Depois de tantos erros e atrasos, que turbinaram uma doença de contágio implacável e fizeram com que o País esteja contabilizando mais de 400 mil óbitos, não deixa de ser uma luz no fim do túnel, a indicar que já não estamos simplesmente inertes e que apesar da lentidão no programa de imunização o Brasil inicia, de fato, um combate contra a maior pandemia dos últimos 100 anos.

O que disse – Em recente entrevista, Queiroga afirmou que o Brasil terá 500 milhões de doses até o final do ano e que “toda população brasileira será vacinada até o fim de 2021”. A rigor, existe muita desinformação e não é possível cravar afirmação alguma. Mas, seja como for, ao mesmo tempo que faltam imunizantes, com frequência tem sido anunciado a compra de novas vacinas de diferentes países.

Portanto, não custa apostar em dias melhores, sendo, antes, imperativo que não se de naturalidade à incapacidade, particularmente dos estados e municípios, de abrir novos leitos de UTI. É inaceitável que a população conviva pacificamente com as filas de espera, como se o Brasil estivesse na lista dos países mais pobres do mundo, o que absolutamente não é verdade. Seja como for, enquanto a vacinação não alcança os níveis recém-anunciados, é necessário que se reforce as medidas de restrição, com distanciamento social, uso de máscara e circulação estreitamente necessária.