O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect.RJ) decretou estado de greve para a categoria após assembléia e leva em conta as condições precárias de trabalho, metas abusivas, falta de efetivo e supostas arbitrariedades cometidas pela gestão operacional na região de Campos, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra, segundo o sindicato.
“É muito descaso. Negligência total com a saúde e a vida do trabalhador e no respeito aos usuários dos Correios e toda a sociedade. As péssimas condições de trabalho enfrentadas diariamente pelos trabalhadores da região vão desde o não cumprimento dos protocolos de Covid-19, sobrecarga de trabalho, excesso de convocações e arbitrariedades cometidas pelos gestores”, informam os funcionários no site do sindicato.
O Sindicato cobrou providências da direção da empresa, exigindo melhores condições de trabalho, um ambiente saudável e zelo pelo bem-estar e saúde dos funcionários.
Na região, há 200 funcionários e os problemas são antigos (Veja aqui).
O Jornal Terceira Via entrou em contato com a empresa na sexta-feira (30), mas a resposta dos Correios só foi enviada por email nesta segunda-feira (3). A assessoria de comunicação da estatal disse que:
“As informações relatadas não procedem. Neste período atípico, em razão dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, os Correios – que desde o mês março de 2020 realizam uma série de adequações para proteger a saúde de seus empregados, clientes e fornecedores-, permaneceram operando seus serviços essenciais em todo o país. A estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades, movimentando a economia nacional”.
A nota informou ainda que “a empresa segue acompanhando a situação de saúde do efetivo, prestando o apoio necessário, e também atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. Além de intensificar as orientações quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de limpeza dos ambientes e equipamentos, a empresa disponibilizou a todos os empregados álcool em gel e máscaras laváveis, suspendeu a assinatura do destinatário na entrega de objetos postais, instalou painéis de acrílico em guichês de atendimento e, nos centros operacionais, promoveu a reorganização das estações de trabalho, para manter o distanciamento recomendado”, conclui.