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Brasil vai chegando a 30 milhões de vacinados. Projeção indica 60 mi até o final de maio

País enfrenta a pior fase da pandemia, mas pode vencê-la se dobrar o nº de aplicações da 1ª dose para 1 milhão/dia

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
27 de abril de 2021 - 10h11

O Brasil deve alcançar nesta terça-feira (27) a marca de 30 milhões dos que receberam a 1ª dose da vacina contra a Covid, o que corresponde a quase 15% da população. Assim, depois de tantos erros ante uma doença de implacável nível de transmissibilidade, surgiu a luz no fim do túnel: já não estamos mais inertes, mas combatendo a pior pandemia dos últimos 100 anos e reduzindo, pouco a pouco, o contágio do coronavírus.

Na primeira semana de abril os vacinados eram 18 milhões (1ª) dose, o que mostra que o programa de imunização – ainda com falhas de organização, de logística e de execução – avança de forma significativa em relação ao início do programa.

Apesar das oscilações, no geral o Brasil está aplicando cerca de 500 mil primeiras doses/dia, sendo que o próprio ministro Antônio Queiroga – o 4º a ocupar a pasta da Saúde em pouco mais de um ano – disse há alguns dias que o País teria condições estruturais de ministrar até 2,4 milhões de doses diárias. Naturalmente que se referiu à primeira e segunda doses juntas.

Por esse raciocínio, estaríamos a falar em algo próximo de 1 milhão de primeiras doses/dia – cálculo que remete à possibilidade do Brasil chegar no final de maio nas fronteiras de 60 milhões de vacinados.

Informações desencontradas – Nada é absolutamente seguro, levando em conta que o Ministério da Saúde troca as projeções a cada 48 horas. Ainda ontem (26), o mesmo Queiroga admitiu “dificuldade” no fornecimento da 2ª dose da CoronaVac – o que, necessariamente, não interrompe a 1ª dose da vacinação. Mas, claro, é um problemão. Seja como for, é necessário colocar em prática um esforço gigantesco no sentido de que o Brasil recupere o terreno e faça a pandemia recuar.

CPI da Covid

Além do objetivo principal – salvar vidas – o governo federal tem um motivo a mais para ‘se virar’ e conseguir a qualquer custo acelerar a vacinação. Trata-se da CPI da Covid, que visa apurar supostas omissões do Palácio do Planalto no combate à doença e o porquê dos atrasos na compra de imunizantes, entre elas da Pfizer.

Logo, quanto mais a pandemia perder força, mais enfraquecida estará a CPI quando, digamos assim, começar pra valer. Em sentido contrário, se o contágio seguir sua escalada assustadora, pior para os que estiverem sob investigação. Mas, registre-se com todas as letras, pouco importa a política e a CPI. O que vale é conter a doença e salvar vidas.