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No limite

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Opinião
Por Redação
11 de abril de 2021 - 0h01
Técnica de enfermagem Gisela Silva

Mais de um ano de pandemia, uma onda maior e mais violenta que a outra, perdendo-se a conta dos mortos e um contágio horizontal que coloca todos, independentemente de condições sociais e idade, em risco. Tudo isso já seria suficiente para o esgotamento coletivo, quer físico ou mental, mas somado a essas condições, existe ainda a obrigatoriedade de se ir trabalhar em postos que são essenciais ou, em sentido contrário, o impedimento de exercer suas funções por força de fechamentos forçados por ordens governamentais.

Adicione neste contexto as sequelas econômicas da pandemia, uma alta de inflação, postos de trabalho sendo fechados, boletos de contas se empilhando sem previsão de pagamento, entre tantos outros problemas, e teremos bem mais do que os americanos chamam de tempestade perfeita, que significa a soma de todos os complicadores, agindo ordenadamente no meio da desordem que provocaram no cotidiano das pessoas.

A reportagem especial desta semana trata da exaustão das pessoas nestes tempos anormais. Exaustão que pode ser vista acima das máscaras, ou seja, nos olhos dos profissionais de Saúde e de outros de atividades essenciais, bem como os que são impedidos de trabalhar.

Trata da exaustão também daqueles que estão confinados. E a reportagem está salpicada de depoimentos de pessoas cansadas que contam como manter o controle em meio a uma pandemia descontrolada e que cada vez mata mais.

Vivemos momentos literalmente de tirar o fôlego, mas a vida precisa respirar, a veia pulsar o coração bater e a mente em meio a isso tentando ordenar as ideias e se manter saudável. Não é uma tarefa fácil, mas é de todos, e todos fazendo parte de um todo. Estamos no limite, mas temos que superá-lo.