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Medidas impopulares e manifestações compreensíveis

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Opinião
Por Redação
6 de abril de 2021 - 16h27

Não se pode culpar de todo o prefeito Wladimir Garotinho pelas duras medidas que decretou, aumentando as restrições como forma de tentar controlar minimamente a pandemia em nosso município, evitando o caos. Adotou essas medidas, impopulares, diante de números que lhe foram apresentados: não há vagas em UTIs nem leitos de enfermaria para tratamento de Covid-19 nos hospitais campistas, além de uma fila de espera por atendimento mais complexo que cresce praticamente todos os dias.

Por outro lado, há de se compreender com grande empatia a manifestação dos comerciantes, os maiores empregadores do município, que estão há três semanas com suas portas fechadas, mas com as contas a pagar em aberto. Eles também se baseiam em números: 30% das empresas podem não reabrir e extinguir milhares de postos de trabalho. E as que conseguirem levantar suas portas, talvez não consigam pagar os salários dos funcionários, por motivos óbvios. A classe carrega no peito um sentimento de injustiça por estar pagando um preço que deveria ser dividido por todos. Se há um sacrifício a ser suportado pelo bem da cidade e seus munícipes, que seja compartilhado com todos, e não apenas com alguns poucos segmentos.

Essa talvez seja a equação mais importante a ser resolvida no momento, a que gera o sentimento de equidade e justiça.

Que no curso da semana tenhamos notícias melhores, baseadas em números, contra os quais não há argumentos.