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Últimos dias de ‘feriadão’ e o efeito sobre a taxa de ocupação nos hospitais

Descontrole da pandemia com novo recorde de mortes deixa população aterrorizada

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
31 de março de 2021 - 10h14

Mais da metade do período de feriados antecipados passou e a Covid segue provocando recordes de óbitos, deixando a população assustada e sob forte tensão psicológica com o avanço desenfreado da doença. Nem no pior dos pesadelos se imaginou que depois de um ano o Brasil batesse a pior marca da pandemia: 3.668 mortes nas últimas 24 horas, registrados ontem (30). Para se avaliar a situação dramática, em setembro/outubro de 2020, quando a pandemia recuou, na maioria dos dias o número de óbitos girou entre 300 e 400 – o que foi muito. Só que agora soma 10 vezes mais.

A expectativa é que nos próximos dias o super feriado (“recesso sanitário”) determinado pelo governo do Rio de Janeiro e o lockdown total decretado pela Prefeitura de Campos – ambos praticamente a mesma coisa, com diferenças pontuais – consigam reverter o estrangulamento hospitalar e reduzir a taxa de ocupação nos leitos de UTIs.

Com pesado ônus sobre a atividade econômica, a medida emergencial visando conter a transmissão do vírus através da redução drástica da circulação foi o que restou para tentar interromper a escalada do coronavírus que nas últimas semanas mostrou sua pior face.

No Brasil, a Covid foi turbinada por ações do tipo ‘cada um por si’, desprovidas de coordenação nacional. Alimentada, ainda, pelos erros, pela falta de seriedade na adoção de medidas restritivas, pelo atraso no processo de vacinação e tantos outros desmandos que trouxeram à sociedade dor, sofrimento e abalo psicológico – este ainda longe de ser mensurado.

E mais: quando o País deveria estar cuidando de pandemia, pandemia e pandemia, o Palácio do Planalto se vê envolvido numa crise a partir da demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e a troca dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Tudo coladinho num 31 de Março.